Cresce a greve dos bancários
A greve dos bancários segue em pleno crescimento nas agências de Pelotas e região. O terceiro dia do movimento já aponta um total de 32 agências e postos paralisados.
No país são quase 9 mil agências em greve. Na negociação do dia 25 os bancos ofereceram reajuste de 5,5% nos salários e verbas, ante a inflação de 9,88% no período, o que geraria perda de 4% nos salários, anulando os ganhos reais conquistados, com muita luta, nos dois últimos anos. Só em 2013, foi quase um mês de greve. No vale-refeição, o reajuste não pagaria uma coxinha, já que representaria R$ 1,43 ao dia. Ainda não há nova negociação agendada.
Os bancários reivindicam 16% de reajuste (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), entre outras pautas, como o fim do assédio moral e das metas abusivas. “Estamos mais uma vez mobilizados para combater a ganância e falta de respeito dos banqueiros. Eles tiveram um lucro de 27% só primeiro trimestre deste ano e nos ofereceram um índice que não cobre nem a inflação do período, ou seja, teremos uma reajuste negativo se aceitarmos essa proposta”, disse o diretor do Sindicato dos Bancários de Pelotas, Roger Peres. Ele salienta que apesar da alta lucratividade no período, os bancos demitiram mais de cinco mil bancários em todo o país. “Essa redução do número de funcionários prejudica o atendimento à população e a própria saúde do bancário, que tem que se virar em dois ou três para dar conta da demanda”, disse Roger.
O diretor do Sindicato afirma que até agora a categoria só obteve conquistas a partir de greves fortes. “Entre 2014 e 2014, conquistamos, com muita mobilização, 20,7% de ganho real nos salários, e 42,1% nos pisos”. A avaliação da direção do Sindicato é que a greve ainda está em processo de construção e crescimento e a cada dia novas agências devem aderir.