Diário da Manhã

terça, 16 de abril de 2024

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Criatividade para amenizar a estiagem

24 junho
09:17 2020

Quando se trata de conscientização, o conceito de que todo ato individual impacta no coletivo é de fundamental compreensão. É assim, por exemplo, em campanhas de redução do uso de plástico, reciclagem e descarte correto de resíduos.

Em Pelotas, diante das dificuldades impostas pela falta de chuva, essa ideia é reforçada para que cada cidadão utilize a água de forma prudente.

Com o intuito de economizar água em tempos de estiagem, uma moradora da Cohab Lindóia implantou em casa um sistema de reaproveitamento de água tratada. Servidora municipal da área da educação, Sônia Ramos conta que a ideia surgiu durante conversa com seu marido, Sérgio, e consiste em captar a água usada na lavagem de roupas por meio de uma cisterna caseira, transportá-la do pátio até o banheiro e reutilizá-la no vaso sanitário.

SÉRGIO e Sônia Ramos

SÉRGIO e Sônia Ramos

“Dá para até dois dias de uso. Achamos maravilhoso”, conta a cidadã, que se diz orgulhosa da simplicidade do método.

A seca vivenciada no Rio Grande do Sul desde novembro do ano passado já levou 386 municípios a decretar situação de emergência. Ela se configura como a principal responsável pelos problemas de abastecimento de água em Pelotas. Os dados do Sanep apontam que a Barragem Santa Bárbara, construída há 52 anos, registra hoje 2,08 metros abaixo do nível de captação considerado ideal. A medição chegou a atingir 4,40 no início do mês de junho.

Ao passar pela BR-116 e ver o quão baixo se encontra o nível do manancial, Sônia relata que ficou preocupada. Ciente de que cada indivíduo é importante na missão de evitar o desperdício, ela visa, com a sua atitude, estimular a população a colaborar. “Sei que não é muito, mas busco divulgar para ver se incentiva as pessoas”, justifica.

Necessidade de engajamento por parte da população

Está em vigor desde o final de fevereiro o decreto de restrição do uso da água na cidade. Desde então é proibido lavar automóveis e calçadas, bem como molhar gramados e jardins. No entanto, as diversas denúncias ainda recebidas pelo Sanep demonstram que parte da população não compreendeu a gravidade da situação.

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