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DIVISÃO DE ACESSO : Nova fórmula na edição 2017

03 outubro
09:35 2016

Profissionais e clubes querem mudança na competição, mas desafio é não aumentar as despesas de viagens

A fórmula de disputa do Campeonato Gaúcho da Divisão de Acesso deve mudar para a temporada 2017. Depois de dois anos com o mesmo modelo, a modificação é possível – pelo menos do ponto de vista legal. Os clubes e os profissionais se mobilizam para buscar alternativa que torne a competição mais atrativa e mesmo repetitiva. A equação a ser resolvida é: como mudar, mas sem elevar os custos de viagem?

A principal mudança já está definida. A Divisão de Acesso volta a classificar duas equipes para o Campeonato Gaúcho. Nos dois últimos anos, apenas o campeão subiu para a primeira divisão: Glória, em 2015; e Caxias, em 2016. Em contrapartida, três times eram rebaixados para a Segunda Divisão, que na verdade é a Terceirona. Nesta temporada caíram Santo Ângelo, Riograndense e Marau.

É POSSÍVEL – O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelletto, admite a hipótese de mudança na fórmula da Divisão de Acesso. “Agora é um novo campeonato, porque já ficamos dois anos com a mesma fórmula (exigência do Estatuto do Torcedor). Vamos decidir isso no final do ano, quando será realizado o congresso técnico”, afirma o dirigente.

A Divisão de Acesso é uma competição repetitiva: Pelotas e Brasil\FAR se enfrentaram seis vezes nesta temporada Foto: Luís Gustavo Amaral\Assessoria ECP

A Divisão de Acesso é uma competição repetitiva: Pelotas e Brasil\FAR se enfrentaram seis vezes nesta temporada
Foto: Luís Gustavo Amaral\Assessoria ECP

Uma das principais críticas é a repetição de jogos. As mesmas equipes classificadas numa chave na primeira fase voltavam a se enfrentar na segunda. Quem passava para o quadrangular final, voltava a ter mais um reencontro. É o caso de Pelotas e Brasil de Farroupilha; e Caxias e União que se enfrentaram seis vezes nesta temporada. “O problema de cruzar os times de uma chave com a de outra é que as viagens ficam muito longas”, argumenta Novelletto.

Os profissionais, que costumam trabalhar no Acesso, gostariam de ter espaço para propor suas ideias. O treinador Fabiano Daitx, que treinou o Pelotas e o Avenida em 2016, sugere um campeonato de pontos corridos . Essa proposta recebe resistência em função dos custos. O Pelotas, por exemplo, teria que jogar em Vacaria, Ijuí, Frederico Westphalen, Crissiumal e Panambi. Mesmo assim, o presidente Luiz Antônio Aleixo é favorável a uma mudança. “Como está não é bom”, diz.

Fórmula dos últimos anos

Primeira fase – As equipes são divididas em dois grupos de oito. Ao final da disputa em turno e returno, os cinco times melhores colocados se classificam para a segunda fase. O último de cada grupo cai para a Segunda Divisão e os penúltimos fazem um “confronto da morte” para definir o terceiro rebaixado.

Segunda fase – As cinco equipes classificadas numa chave voltam a se enfrentar em turno e returno, repetindo os confrontos. Os dois primeiros colocados se classificam para o quadrangular final.

Fase final – Os dois classificados de cada grupo na segunda fase formam o quadrangular final. Depois de jogos em turno e returno, o campeão garante vaga na primeira divisão do ano subsequente.

O que é certo: Na próxima temporada irão subir duas equipes para a primeira divisão.

Participantes

  • Glória
  • Aimoré
  • Lajeadense
  • São Luiz
  • Esportivo
  • Tupi
  • União Frederiquense
  • Panambi
  • Pelotas
  • Guarani\VA
  • Brasil\FAR
  • São Gabriel
  • Avenida
  • Inter/SM
  • Santa Cruz
  • Guarany de Bagé

Daitx espera que os diretores dos clubes apresentem sua sugestão

Daitx espera que os diretores dos clubes apresentem sua sugestão

Pontos corridos

Fabiano Daitx e Renan Mobarack formaram um grupo de discussão para elaborar uma proposta de mudança na fórmula da Divisão de Acesso. “Conversamos com várias pessoas, mas nada oficial, até porque a FGF não abre muito para discussão”, diz o treinador.

Daitx defende a disputa da competição em turno e returno, com pontos corridos. Isso daria 30 datas – pouca coisa a mais do que o modelo atual, que se caracteriza pelo formulismo e repetição de jogos. Atualmente, a Divisão de Acesso ocupa 26 datas.

“A proposta de mudança deve surgir dos diretores dos clubes, mas eles só pensam na conta que vão ter”, afirma Fabiano Daitx. Assim, a tendência é que a competição continue com as chaves regionalizadas.

 

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