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Doutorandos representam UFPel na Antártica

03 janeiro
08:21 2018

Os discentes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Bruna Silveira Pacheco, do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGB), e Rodrigo Mendes Pereira, do Programa de Pós-Graduação em Química (PPGQ), fizeram parte da tripulação da 36ª Operação Antártica (Operantar). Os doutorandos foram representando os grupos de pesquisa coordenados pelos docentes da UFPel Claudio Pereira de Pereira e Márcia Foster Mesko, que são colaboradores do projeto “Biodiversidade, Monitoramento, Estratégias de Sobrevivência e Prospecção de Macroalgas Extremófilas da Antártica Marítima”, coordenado pelo professor Pio Colepicolo, da Universidade de São Paulo.

O projeto faz parte do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) e conta com o apoio de logística da Marinha Brasileira e da Força Aérea Brasileira. Os discentes, juntamente com os demais pesquisadores e estudantes, participaram da terceira fase da 36ª Operantar, após missão científica em ilhas Antárticas a bordo do navio polar de pesquisa Almirante Maximiano.

Dentre os laboratórios de pesquisa envolvidos, o Laboratório de Controle de Contaminantes em Biomateriais (LCCBio), coordenado pela professora Márcia Mesko, desenvolve pesquisas na área de química analítica, mais especificamente no desenvolvimento de novos métodos analíticos visando à determinação de metais e não metais em alimentos, medicamentos, cosméticos e amostras ambientais, como as macroalgas da Antártica. Nesse sentido, o grupo de pesquisa tem como objetivo o monitoramento da concentração de elementos tóxicos ou potencialmente tóxicos em macroalgas extremófilas da Antártica Marítima.

O projeto da Antártica também tem ancorado pesquisas na linha de Lipidômica e Bioprospecção. O comitê de orientação de Bruna Silveira Pacheco no PPGB, composto pelos professores Claudio Pereira de Pereira, Tiago Collares e Fabiana Seixas, destaca que a investigação de moléculas com atividades antitumorais encontradas nos extratos das algas é promissora. Assim, as atividades antitumorais destas moléculas estão sendo amplamente estudadas pelos grupos de pesquisa da UFPel, tanto nos Programas de Biotecnologia, como no Programa de Bioquímica e Bioprospecção.

O professor Pereira, que coordena o Grupo de Pesquisa Bioforense e o Laboratório de Lipidômica e Bioorgânica, relata a importância dessas pesquisas na UFPel, que já envolveram a formação de sete mestres – e um doutorado em andamento. O docente recentemente apresentou parte desses resultados no evento REDEALGAS, realizado em novembro em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. Segundo o professor, esse congresso, além de reforçar laços com a Universidade de São Paulo, também abriu a possibilidade de novas cooperações, como com a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ). E ainda lembrou a importância de ter um de seus alunos, Bruna Pacheco, como uma das coordenadoras da pesquisa na 36ª Operação Antártica. “É um reconhecimento da coordenação do projeto ao trabalho da aluna em outras missões antárticas, o que orgulha o comitê PPGB”, disse.

Os discentes, juntamente com os demais pesquisadores e estudantes, participaram da terceira fase da 36ª Operantar, após missão científica em ilhas Antárticas a bordo do navio polar de pesquisa Almirante Maximiano.

Os discentes, juntamente com os demais pesquisadores e estudantes, participaram da terceira fase da 36ª Operantar, após missão científica em ilhas Antárticas a bordo do navio polar de pesquisa Almirante Maximiano.

Os pesquisadores brasileiros desembarcaram no Brasil no dia 24 de dezembro, na aeronave Hércules-130. Ainda dando continuidade à Operação Antártica, a química Marina Ritter, colaboradora do Laboratório Lipidômica e Bioorgânica, que possui experiência científica na área ambiental, também coletará algas para os projetos em andamento. A servidora da UFPel e do bacharelado em Química Forense desembarcou no dia 27 de dezembro em Punta Arenas – Chile, rumo à Antártica e à 37ª Operantar.

Os grupos da UFPel envolvidos nestes estudos consideram que essas atividades de pesquisa são de grande relevância para a sociedade e que muitas perspectivas futuras podem ser alcançadas através dos resultados que vêm sendo obtidos. Além disso, entendem que os alunos envolvidos nestes projetos recebem uma formação diferenciada não só como cientistas, mas como cidadãos mais conscientes da importância do conhecimento e preservação deste importante continente.

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