Diário da Manhã

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) Anísio Teixeira divulgou,segunda-feira, os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de todo o Brasil, mensurado bianualmente.

Pelotas teve um aumento de 8,3% nas séries iniciais, medido com estudantes do 5º ano, aumentando de 4.8, em 2015, para 5.2, em 2017 – quase atingindo a meta projetada para a categoria, que era de 5.3.

“Crescemos 8,3%. É o melhor resultado de Pelotas, desde que o Ideb começou a ser medido, em 2005. Entre os principais municípios, somos o que mais cresceu”, pondera a prefeita Paula Mascarenhas.

Paula diz que o aumento é resultado de um trabalho que vem sendo desenvolvido desde o governo anterior, quando houve um crescimento muito significativo de 23% nas séries iniciais. “Agora registamos o melhor resultado da nossa história, nos anos iniciais. Esse trabalho é das equipes de professores e diretores da Secretaria de Educação e Desporto (Smed), sou muito grata a eles.”

A prefeita credita essa melhora também a alguns investimentos feitos na área de inovação, como por exemplo a implantação dos laboratórios Khan Academy, que estimulam nos alunos o aprendizado da matemática. Hoje, 32 escolas contam com o projeto. “Trabalhamos para continuar nesse ritmo de crescimento porque a Educação é o que pode realmente transformar a nossa sociedade.”

COM o crescimento de 0.4 pontos nas séries iniciais, município quase atingiu a meta

Para o secretário da Smed, Artur Corrêa, um dos fatores que mais influenciam nos índices obtidos é a questão da distorção idade/ano curricular, que representa 11% no quinto ano e 25% no 9º ano. Entre estudantes mais velhos, a reprovação é maior, o que “puxa” o resultado para baixo. A média do 9º ano em Pelotas ficou em 3.9 (2017), um pouco acima da de 2015, que foi de 3.7, mas a Smed quer melhorar.

Com esse crescimento em mente, a Smed tem realizado uma série de ações, como formação de professores, avaliação continuada e desenvolvido projetos do Pacto Pelotas pela Paz, voltados a minimizar essa distorção, como o programa “Cada Jovem Conta” e o projeto “Construindo Saberes”, que combate a repetência e a evasão escolar.

“Temos realizado visitas de acompanhamento cada vez mais frequentes, para detectar falhas e fragilidades e estamos preparando uma enquete que será aplicada a professores e estudantes para averiguar aptidões e habilidades. Queremos trabalhar a partir dos interesses deles, para que a escola seja um lugar prazeroso, o que certamente vai colaborar para melhorar os resultados”, explica a diretora de Ensino da Smed, Loreni Peverada.

Loreni também considera positivo o aumento de 0.4 pontos na categoria dos anos iniciais, levando em consideração os fatores que impedem o crescimento. Ela conta que a Smed também passou a oferecer Classe de Apoio, um reforço no turno inverso ao da escola, e criou uma sistema de avaliação municipal, dentro do que preconiza o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), do Inep, para que os professores tenham parâmetros e possam autoavaliar o processo de ensino-aprendizagem de seus alunos. Além disso, a Secretaria elaborou uma prova que deverá ajudar a preparar para a próxima Prova Brasil (avaliação do Ministério da Educação que subsidia o cálculo para o Ideb).

Em 2017 foi a primeira vez que Pelotas participou na categoria da 3ª série do Ensino Médio e obteve 2.8 no Ideb. O Colégio Pelotense é o único municipal a integrar a categoria.