EMENDAS PARLAMENTARES : Recursos não podem ser usados para socorrer a Santa Casa
Comissão de Saúde foi buscar informações sobre possibilidade do uso de R$ 800 mil destinados por deputados federais ao hospital como alternativa para pagar funcionários
O presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Pelotas, Marcos Ferreira, o Marcola (PT) esteve reunido nesta segunda-feira com o secretário municipal de Saúde, Leandro Thurow para discutir a possibilidade de se utilizar uma verba de R$ 800 mil destinados por deputados federais, através de emendas parlamentares para a Santa Casa, para pagar os servidores em greve e ajudar o hospital a retomar atendimentos e serviços. Thurow, no entanto, descartou a possibilidade, pois legalmente o dinheiro só pode ser usado para ampliação na oferta de serviços.
“Consultamos todos os órgãos de fiscalização e o Ministério da Saúde e a orientação que nos foi passada por Brasília é de que o dinheiro é destinado ao incremento de serviços e não pode ser usado como o hospital quiser”, explicou Thurow. Conforme o secretário esta verba só poderia ser usado caso o hospital aumentasse a oferta de um determinado serviço ou atendimento. “É dinheiro para comprar prestação de serviço para a comunidade”, diz o secretário.
Diante da negativa, Marcola diz que a Câmara manterá o trabalho de consolidação de um movimento regional em defesa do hospital com o apoio de prefeituras e Câmaras Municipais dos 23 municípios atendidos pela Santa Casa e tentará ainda esta semana marcar uma audiência com o governador Eduardo Leite (PSDB) para tratar da possibilidade de liberação de um empréstimo via Banrisul apontado pelo provedor como única alternativa para quitar as dívidas com trabalhadores, fornecedores e médicos.
“Já temos reunião agendada com os representantes da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa na quarta-feira com o objetivo de ampliar essa frente em defesa do hospital e seus trabalhadores e queremos discutir o assunto no Palácio Piratini o quanto antes”, diz Marcola.
SANTA TEREZINHA – Durante a reunião que contou com a participação das coordenadoras de saúde básica e saúde da família, Eliedes Ribeiro e Cristina Zimmer foi reapresentada a demanda dos moradores da Vila Silveira de passarem a ser atendidos na UBS da Santa Terezinha e não mais na UBS Salgado Filho. O problema se arrasta há pelo menos cinco anos.
Ao final de longa discussão ficou acertado que a Secretaria deverá implantar o sistema de acolhimento na UBS Santa Terezinha. Por este sistema de trabalho toda pessoa que procurar o posto deve passar ao menos pelo serviço de enfermagem antes de ser direcionada ao médico ou a outra unidade. A previsão é de que entre 45 e 60 dias a UBS Santa Terezinha possa estar trabalhando nesse sistema e atendendo os moradores da Vila Silveira. “Este já é um indício de solução, agora vamos esperar para ver se funciona”, declarou Marcola.