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ESTADO : Investimentos de R$ 8 bilhões vão garantir novo cenário energético

09 dezembro
10:22 2014

O Governo do Estado apresentou, na manhã de ontem, o novo cenário energético do Rio Grande do Sul, a partir dos recentes leilões de geração e transmissão de energia. Quase R$ 8 bilhões serão investidos em três projetos, das empresas Eletrosul, Tractebel e Bolognesi, que devem iniciar as suas obras entre o final de 2015 e meados de 2016. Participaram da cerimônia o governador Tarso Genro, os secretários de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, da Infraestrutura e Logística, João Victor Domingues, e o presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Ivan De Pellegrin, além de representantes das empresas envolvidas.

Cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos deverão ser criados com estes projetos. “Sou muito agradecido às empresas por acreditarem no Rio Grande do Sul, com estes investimentos estamos criando uma nova realidade energética para os gaúchos. É um investimento para o desenvolvimento de todo o Estado, e não apenas de algumas regiões. Esta é a nossa visão de desenvolvimento. O Estado não é mais o mesmo, entregaremos ele melhor do que quando recebemos”, afirmou o governador Tarso Genro.

GOVERNADOR Tarso Genro durante apresentação dos novos projetos de Energia RS Caco Argemi/Palácio Piratini

GOVERNADOR Tarso Genro durante apresentação dos novos projetos de Energia RS
Caco Argemi/Palácio Piratini

Investimentos

No campo da geração, dois projetos vencedores no leilão A-5, realizado em novembro, serão executados. O primeiro, do grupo Bolognesi, que garante a metade da energia projetada para a Usina Termelétrica de Rio Grande (com potência de 1.238 MW), que funcionará com gás natural. Este investimento terá o aporte de R$ 2,9 bilhões. O outro projeto é a Usina Pampa Sul, em Candiota, (potencial de 340 MW), e que será executada pela Tractebel Energia, e utilizará carvão mineral como combustível. Na execução da obra serão cerca de dois mil empregos e 300 em sua operação.

“O sistema hoje é 67% dependente das hidrelétricas, por isso esses projetos são tão importantes, pois garantirão um aumento no abastecimento e segurança para os futuros investimentos”, explicou De Pellegrin. “Estamos muito felizes, pois com isso poderemos atrair novos investimentos e garantir tranquilidade para a população. Esses novos projetos agregarão 23% à capacidade instalada na geração de energia hoje existente no Estado”, complementa Knijinik.

LINHAS DE TRANSMISSÃO E SUBESTAÇÕES

O terceiro investimento detalhado no evento foi o da Eletrosul, que no leilão ganhou um lote de 2,1 mil quilômetros de linhas de transmissão e oito novas subestações, além da ampliação de 13 já em operação. O investimento total será de R$ 3,27 bilhões. A ampliação do sistema de distribuição, assinado entre SDPI, Seinfra, AGDI e Eletrosul, viabilizará o escoamento de energia de futuros parques eólicos, como os complexos de Cerro Chato, em Santana do Livramento, e Campos Neutrais, entre os municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí.

“Estes investimentos são resultado de um esforço conjunto, que pretende garantir o potencial energético do Rio Grande do Sul por muitos anos. Investimos em estudos de alternativas de expansão da transmissão de energia a curto, médio e longo prazos”, afirmou o diretor de engenharia da Eletrosul, Ronaldo Custódio.

ENERGIA ELÉTRICA – A elevação de 25,6% da tarifa de energia da CEEE para as indústrias abrangerá uma região de 72 municípios, responsável por 21,1% do PIB industrial do Rio Grande do Sul. “O crescimento dos custos acima da produção das empresas é um dos grandes causadores da perda de competitividade do setor. Muitas vão internalizar esse aumento nos custos de fabricação, o que é um desincentivo para novos investimentos no Estado. Diante da situação financeira bastante delicada que os empresários enfrentam, poderemos presenciar, inclusive, a inviabilização de negócios, com fechamentos de fábricas e postos de trabalho”, alertou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller.

Para 86,5% das empresas gaúchas, a eletricidade é a fonte de energia mais utilizada no processo de produção, destacou Müller. A região de cobertura da CEEE possui 16,6% dos estabelecimentos industriais, o que significa mais de 6 mil unidades fabris. Essas indústrias empregam cerca de 103 mil trabalhadores. No comércio internacional do Estado, elas representam 25% das exportações e 38,6% das importações.

 

 

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