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Estado reduz índices de mortalidade materna

17 maio
08:29 2019

O Rio Grande do Sul apresenta atualmente um dos menores índices de mortalidade materna no país, com uma taxa que oscila entre 33 e 36 por mil nascidos vivos nos últimos anos. Mas já houve tempo em que os indicadores eram desfavoráveis e preocupantes, sendo necessária a execução de políticas públicas para interferir neste cenário. No que compete à saúde, o Estado aderiu à Rede Cegonha e implantou ambulatórios de gestantes de alto risco, ainda em processo de expansão, alterando o cenário desfavorável.

“Uma mulher não deve morrer por estar grávida, a maioria das situações que levam à morte materna é evitável”, observa a médica Nadiane Lemos, chefe da Secção de Política de Saúde das Mulheres da SES/RS. “O desfecho que se espera é mãe e bebê passando bem após o nascimento”, acrescenta. Entre as principais causas de morte materna estão hipertensão, hemorragias, infecções, complicações no parto e abortos inseguros.

O dia 28 de maio é considerado como o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna

O dia 28 de maio é considerado como o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna

O dia 28 de maio é considerado como o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Para marcar a data haverá, em Brasília, uma reunião do Comitê Nacional de Redução da Mortalidade Materna, com a participação de Nadiane. O Comitê Estadual do Rio Grande do Sul também promoverá encontros naquela semana.

Conforme a médica, a reativação dos comitês foi importante para melhorar os índices e discutir os casos. “Porém, é preciso compreender o óbito para além do seu significado numérico e documental.” Ela explica que o tema mortalidade materna não é exclusivo da área da saúde. “Está muito relacionado com a vulnerabilidade social e econômica. Precisamos de uma ação multissetorial para conseguir ainda mais resultados positivos.”
Nadiane considera que as taxas de óbito materno estão dentro do esperado, “mas poderiam ser muito melhores se a gente tivesse um conjunto de ações e de atenção à gestante”. Ressalta ser necessária a aplicação de políticas públicas, não só de saúde.

Há questões importantes em que é preciso incidir, como condições de acesso: muitas mulheres caminham quilômetros para ter serviço de saúde. Também são impactantes as condições de moradia, de alimentação, de segurança, de emprego e a própria violência a que muitas estão submetidas. “Temos tido situações absolutamente evitáveis e que e se conseguirmos incidir mais no pré-natal, na classificação de risco, no acesso ao serviço de alto risco, poderemos contribuir ainda mais.”

Morte materna – É a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação. É causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a ela. Não é considerada morte materna as que são provocadas por fatores acidentais ou incidentais.

Comitês de morte materna – São organismos interinstitucionais, multiprofissionais e confidenciais que visam a analisar todos os óbitos maternos e apontar medidas de intervenção para a sua redução na região de abrangência. São também instrumento de acompanhamento e avaliação permanente das políticas de atenção à saúde da mulher.

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