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Estratégias para ajudar pessoas em situação de rua são debatidas pela Secretaria de Justiça Social e Segurança

Estratégias para ajudar pessoas em situação de rua são debatidas pela Secretaria de Justiça Social e Segurança
01 setembro
09:54 2014

Definir estratégias para atendimento da população em situação de rua foi o objetivo de um encontro que ocorreu sexta-feira na Secretaria de Justiça Social e Segurança (SJSS). No auditório da SJSS, representantes de diversas secretarias do Município, buscaram maneiras de auxiliar essas pessoas.

Existem, atualmente, pelo menos 100 pessoas em situação de rua em diversos pontos da cidade. A principal preocupação no momento é quanto àquelas que são usuárias de álcool e outras drogas. Segundo a superintendente Daiane Dias, a SJSS busca as melhores maneiras de encaminhar estas pessoas ao tratamento adequado. “Não adianta simplesmente tirar essas pessoas que vivem em situação de rua e transferi-los para um abrigo. Todo o processo para o tratamento de saúde deve ser providenciado”, disse.

Daiane diz que muitos deles continuam nas ruas por opção. “Eles se recusam a ir para abrigos e casas de apoio porque é mais vantajoso permanecer nas ruas, onde ganham lanches, roupas e até dinheiro. Isso acaba se tornando uma forma de incentivo a eles permanecerem nas ruas”, completou. Segundo a secretária da SJSS, Clésis Crochemore, “o trabalho sempre é feito com respeito à escolha destas pessoas”.

ENCONTRO reuniu representantes de várias secretarias

ENCONTRO reuniu representantes de várias secretarias

Clésis explica que a intenção do trabalho realizado é resgatar a dignidade destas pessoas, já que, devido às conseqüências do uso das drogas, muitas se mostram incapazes de tomar decisões. Ela conta que uma ronda é realizada pela Secretaria para manter um mapeamento atualizado das áreas em que estas pessoas permanecem.

No encontro desta tarde, a ideia era reunir os órgãos responsáveis para discutir de que forma é possível agir legalmente quanto a estas questões, já que através dos preceitos constitucionais, eles têm direito de ir e vir. Representantes da OAB e do Ministério Público não puderam comparecer à reunião, mas segundo Clésis se mostraram favoráveis e parceiros do trabalho.

Também foram estabelecidos projetos a fim de minimizar o sofrimento destas pessoas. Um destes projetos é a construção de um albergue municipal em 2015, um local onde a população em risco pode ter acesso livre, com liberdade de decisões e, possivelmente, um local onde criar vínculos.

Participaram do encontro representantes das Secretarias de Desenvolvimento Rural (SDR), de Obras e Serviços Urbanos (SOSU), de Saúde, CREAS, Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana, representantes da Casa de Passagem, do Centro POP (população de rua), além de representantes da Gerência de Alta e Média complexidade da SMS.

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