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Estudo mapeia competitividade turística

11 janeiro
08:28 2016

UFPel, FURG e UNIVALI estudam potenciais de Pelotas e Rio Grande 

Avança o estudo da competitividade turística na região. Uma parceria entre pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) está possibilitando a realização de estudos da competitividade turística de Pelotas e Rio Grande.

Os estudos renderam dois trabalhos publicados recentemente. Em ambos os casos foi utilizado o mesmo método de análise, baseado em Análise Fatorial Exploratória e IPA-Grid, que permite identificar as principais forças e fraquezas de cada município e a distintividade de cada um deles em relação aos principais concorrentes.

PATRIMÔNIO pelotense é uma das atrações apontadas por pesquisados

PATRIMÔNIO pelotense é uma das atrações apontadas por pesquisados

A análise de atributos e desempenho é utilizada em outras áreas no estudo da competitividade, mas no segmento turístico é relativamente recente, e ainda incipiente no Brasil. A inovação das pesquisas, segundo um dos pesquisadores, o vice-diretor da Faculdade de Administração e Turismo da UFPel, professor Edar Añaña, é a adaptação do método de forma a permitir a comparação entre destinos turísticos.

Ambos os estudos verificam os pontos fortes e fracos – e o grau de importância de cada um desses aspectos – em relação a atributos ligados diretamente à indústria turística, e atributos organizacionais, que contemplam questões comerciais e sociais que existem para atender a população residente, mas das quais os turistas fazem uso.

Uma Matriz de Importância e Desempenho foi elaborada para identificar a posição relativa das variáveis. “Um destino precisa ser forte em pontos considerados fortes”, resume o docente.

Sobre Pelotas, a pesquisa apontou que o município tem como características competitivas mais fortes, em relação a atributos turísticos, a história notável e a arquitetura interessante. Também se destaca, embora em um quesito não tão determinante para atrair turistas, sua vida noturna.

Ao mesmo tempo, a pesquisa aponta como a fraqueza pelotense o oferecimento de atrações dedicadas ao turismo. “Pelotas precisa criar atrativos. Só existe atração se houver estrutura”, alerta o professor. Segundo ele, o patrimônio histórico só é atrativo quando é “teatralizado”, ou seja, quando há o respaldo de ações e serviços que o promovam.

Nos atributos organizacionais, o desempenho pelotense foi negativo em facilidade de acesso aos turistas, cultura empreendedora e envolvimento da administração pública com o turismo. Sua estrutura de serviços, no entanto, foi apontada como positiva, ficando à frente, por exemplo, da serra gaúcha e de Capão da Canoa.

RIO GRANDE
No município de Rio Grande, os estudos mostraram que os maiores destaques em atributos diretamente relacionados ao turismo são, assim como Pelotas, história notável e arquitetura interessante, além de museus e galerias. Como aspectos negativos aparecem a hospitalidade e a receptividade da população local, cultura e gastronomia, modo de vida local, segurança e apelo visual. Os participantes demonstraram avaliar positivamente os atributos organizacionais.

Em comparação com os destinos concorrentes, Rio Grande teve desempenho semelhante ao de Pelotas. Foram destaques a infraestrutura facilitadora do turismo, lazer e entretenimento.

PUBLICAÇÕES
A competitividade de Pelotas foi reportada em artigo apresentado no 12º Seminário da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo, em Natal (RN), e a competitividade de Rio Grande foi apresentada em artigo publicado na última edição da Revista Rosa dos Ventos, da Universidade de Caxias do Sul.

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