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FESTAS JUNINAS : Conheça a origem das tradições

24 junho
14:02 2015

Nessa época do ano, as festas se enchem de bandeirinhas coloridas, o cheiro de milho cozido, pamonha, pipoca tomam conta dos ambientes, os dançarinos se embalam ao som do forró e o barulho dos estalinhos anima a criançada.

Quem não gosta de comer pé de moleque e paçoca, brincar de quadrilha e se divertir com as brincadeiras de pau de sebo e pescaria?  Mas as festas juninas que comemoramos hoje nem sempre foram assim. Aliás, as culturas foram trazidas por vários povos diferentes e por diversas razões foram se transformando e se incorporando aos costumes brasileiros para criar essa tradição.

SANTO Antônio comemorado em 13 de junho

SANTO Antônio comemorado em 13 de junho

ORIGEM DA QUADRILHA

A festa junina é a segunda mais importante festa popular da cultura brasileira, ficando atrás somente do Carnaval. E como boa festa brasileira, não poderia faltar a dança, que é a quadrilha.

A quadrilha tem origem numa dança popular realizada por camponeses europeus durante a Idade Média. Foi trazida para o Brasil no século 19, onde se fundiu com danças e tradições populares brasileiras como uma forma de agradecimento pela colheita aos três santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro.

A dança representa de forma animada os principais aspectos da vida no meio rural.

Quermesse são realizadas aqui em Pelotas em vários colégios.

Quermesse são realizadas aqui em Pelotas em vários colégios.

CONHEÇA DEZ SIMPATIAS TRADICIONAIS DAS FESTAS JUNINAS

Junto a quadrilhas, o forró e as comidas típicas, as comemorações populares dos dias de Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho) também têm como tradição as simpatias. As finalidades são diversas: trazer proteção, felicidade e dinheiro. Porém, os maiores pedidos nos festejos juninos são relacionados ao amor. A maioria das simpatias serve para ajudar quem quer “arrumar um casamento”. Ou, como dizem no interior, “um casório”.

1 – Para descobrir o nome do futuro amado (a)

Na véspera da festa de São João, encha a sua boca de água e fique escutando a conversa de alguém atrás de uma porta. O primeiro nome próprio (de homem ou mulher) que você escutar será o nome do próximo namorado ou namorada.

2 – Faca na bananeira mostra a inicial do seu futuro namorado (a)

Essa simpatia tem que ser feita na véspera da festa de São João (23 para 24 de junho). Pegue uma faca nunca utilizada e coloque no caule de uma bananeira. No outro dia, tire a faca. O leite da planta vai formar uma letra, que é a inicial do seu amor.

3 – Cravo, alecrim e manjericão garantem proteção e felicidade

O banho que garante felicidade e proteção tem que ser feito com cravo, alecrim e manjericão. No dia 24 de junho, tome um banho com a mistura e peça proteção e alegria para São João.

4 – Tire suas dúvidas sobre com quem namorar na noite de São João

Se você está balançada (o) entre dois amores e não sabe quem escolher, a dica é escrever o nome dos (as) pretendentes em um pedaço de papel e jogar em uma bacia com água. O primeiro que desenrolar é o escolhido. Detalhe: a simpatia tem que ser feita na noite de São João.

5 – Sal para fisgar o pretendente

Essa simpatia é só para mulheres. Na noite de São João, vá até a mesa onde estão os quitutes da festa e jogue uma pitada de sal (que deve estar guardada na sua bolsa). Fale (mentalmente) “A boca que este sal provar é daquele que vai me amar”. Aí, é só ver quem vai comer o salgado.

6 – No dia de São Pedro, seu amor vai aparecer em seus sonhos

Depois das celebrações do dia 29, pegue um pouco do que sobrou do almoço e jantar. Prepare a mesa com toalhas brancas, a comida e os talheres. No sonho dessa noite, você conhecerá o seu amor.

São João é comemorado em 24 de Junho

São João é comemorado em 24 de Junho

7 – São Jorge vai ajudar São Pedro a proteger a sua residência

Com um vaso da planta Espada de São Jorge. Na véspera do dia de São Pedro, coloque a chave da sua casa em um copo com água e peça proteção a São Pedro com a seguinte frase: “ São Pedro, apóstolo e guardião, envolva toda a minha casa em sua proteção”. No outro dia, despeje a água do copo no vaso com a planta e repita o pedido.

8 – Pão de Santo Antônio para não lhe faltar comida

No dia 13, vá a igreja receber o “pãozinho de Santo Antônio”. O pão abençoado deve ser deixado com outros mantimentos da casa para que ele “não faltem jamais”.

9 – Santo Antônio casamenteiro parte 1

A primeira dica para conseguir um namorado (a) com a ajuda de Santo Antônio é pegar uma fita vermelha e amarrar na imagem do santo. Dê nós e faça o seu pedido. Depois reze e coloque o santo de cabeça para baixo. Só o desvire depois que conseguir conquistar o seu amor.

10 – Santo Antônio casamenteiro parte 2

Na noite de 12 de junho, pegue um palito de dente e escreva o seu nome e o do (a) pretendente em uma vela branca. Passe a vela no mel e acenda. Dizem que Santo Antônio traz a pessoa amada em poucos dias.

COMIDAS TÍPICAS MARCAM AS FESTIVIDADES JUNINAS

Uma das principais atrações das festas juninas é a culinária típica. Como o mês de junho é tempo da colheita do milho no Brasil, os pratos mais comuns durante os festejos de junho são feitas a partir do grão. Além de servir para o consumo sendo cozido, assado e frito, o milho pode é  usado como base para inúmeros pratos, como curau, canjica, pamonha, pipoca, cuscuz, bolo, entre outros.

Além desses alimentos, as festas juninas são marcadas por um cardápio variado e com tradições que remontam ao interior do país: arroz doce, amendoim, paçoca, pinhão, broa de fubá, cocada, pé de moleque, quentão, batata doce assada, mané pelado (bolo de mandioca e queijo) e maçã do amor.

As receitas variam de acordo com a região do país, com a oferta de produtos e a cultura local. Podem mudar, também, de nome. Por exemplo: o que é conhecido como canjica por grande parte dos brasileiros é chamado de mugunzá pelos nortistas e nordestinos. E o que é canjica no Norte e no Nordeste, é conhecido no restante de país como curau.

Fogueira São JoãoVOCÊ CONHECE AS HISTÓRIAS DA BANDEIRINHA, BALÃO E FOGUEIRA DE SÃO JOÃO?

Forró, quentão e canjica não podem faltar nos festejos juninos. Mas para um arraiá ser bom de verdade, é preciso caprichar na decoração. Bandeirinhas, balões e fogueiras deixam o arrasta-pé ainda mais animado. Você conhece a história de cada um desses três símbolos?

De origem europeia, a tradição junina acabou se incorporando à cultura brasileira. No nordeste, principal reduto dessa manifestação popular, esses apetrechos não passam despercebidos por quem visita a região no mês de junho.

Há muitos anos, era comum que nas festas juninas as imagens dos três santos do mês (Santo Antônio, São João e São Pedro) fossem gravadas em grandes bandeiras coloridas. Essas bandeiras eram colocadas em água em evento conhecido como lavagem dos santos. A ideia era a purificação da água e de quem se banhasse com ela. Com o passar do tempo, as grandes bandeiras – ainda presentes em alguns lugares – deram lugar às famosas bandeirinhas em alusão a esse ritual.

Por trás do aconchego trazido pela fogueira nas frias noites de inverno, história também não falta. Para os cristão, a fogueira representa o nascimento de São João Batista. Isso porque Santa Isabel teria usado o recurso para avisar a Maria que seu filho ia nascer e de que precisava de ajuda no parto. Alguns contam ainda que a fogueira protege dos maus espíritos, com poder de arrasar plantações inteiras.

Já os balões serviam como uma forma de comunicação. Alguns eram soltos com o objetivo de avisar a parentes e vizinhos da região que a festança estava por começar. Vale lembrar que no Brasil a prática de soltar balões é crime. Além de ser um perigo para as pessoas, pode causar incêndios de grandes proporções.

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