FIM DA LINHA : Repercussão do Pelotas após a eliminação para o Passo Fundo
Gilmar Schneider lamenta eliminação e colocará cargo à disposição: “Precisamos renovar grupo de trabalho, mas a gente, que é Pelotas, não pode se afastar de vez”
Por: Henrique König
O domingo terminou nublado na Boca do Lobo. O Azul e Ouro sucumbiu ao Vermelho e Verde do Passo Fundo, visitante mais indigesto do Campeonato Gaúcho Série A2. Na Divisão de Acesso, decretada a eliminação do Pelotas nas quartas de final após o empate por 0x0 e a derrota nos pênaltis, por 3×2. O goleiro Luiz Henrique até defendeu duas cobranças, mas os jogadores Igor Silva, Caíque e Gustavo Sapeka desperdiçaram. O Passo Fundo de Marcelo Caranhato segue adiante, rumo às semifinais. Só os dois primeiros colocados sobem para o Gauchão 2023.
Portanto, fim da linha para o Lobo. O presidente Gilmar Schneider pronunciou-se: “dia difícil para quem é Pelotas, pedir desculpa é o mínimo que posso fazer, pela festa e o acompanhamento que eles fizeram e não atingimos o objetivo de voltar ao Gauchão. Vida que segue, todos deram o melhor” – começou Gilmar em entrevista na Rádio Universidade AM.
O presidente enxerga uma gama de fatores para eliminação. Chances desperdiçadas nos confrontos com o Passo Fundo, gramados nem tão bons por conta dos fatores climáticos, tudo isso pode entrar na conta. Segundo o dirigente, os resultados de campo não acompanharam o trabalho que estava sendo realizado fora dele nos últimos anos. Gilmar teve um trabalho grande para renegociar dívidas, mas o destino do futebol de campo é traçado dentro das quatro linhas e o Pelotas conviveu com rebaixamento e insucesso.
“Haja forças para enfrentar o que vem por aí, porque não será fácil. O custo hoje é muito alto. Jogar a Copinha não vai custar barato. Os valores estão extrapolando. A receita total do Pelotas é cerca de 30 a 40% do total de despesas”, afirmou Gilmar, que lamenta a situação do quadro de funcionários do clube.
“O presidente do Passo Fundo nos afirmou que na região deles havia cerca de 25 clubes. Hoje quase nenhum existe. Hoje há concentração de interesse nas grandes competições e os menores estão condenados a sê-lo”, desabafou. “Estamos descendo uma ladeira de forma desgovernada.”
Gilmar finalizou que deve colocar o cargo à disposição, após o insucesso com o futebol nos últimos anos. “Organizar uma transição na direção com a mesa do Conselho Deliberativo.”