Gabinete de Gestão Integrada avalia crimes até outubro em Pelotas
As forças de segurança e demais instituições que compõem o Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGI-M) se reuniram, na tarde de terça-feira para analisar os indicadores criminas de Pelotas entre janeiro e outubro deste ano. No encontro, que contou com a presença de membros da Open Society Foundations – ONG que vem auxiliando nas consultorias de planejamento do Pacto Pelotas pela Paz – foi constatada a diminuição no acumulado de todos os índices acompanhados.
De acordo com o levantamento do Observatório de Segurança Pública, que têm por base informações oficiais do 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM), Instituto Médico Legal, Serviço de Inteligência Policial e Análise Criminal (Sipac) da 18ª Delegacia de Polícia Regional (DPR) de Pelotas – Polícia Civil, os crimes violentos letais intencionais (homicídios, latrocínios e feminicídios) caíram 18%, passando de 94 para 77 casos. O mês de setembro teve a menor média dos últimos quatro anos: apenas dois registros, sendo um feminicídio e um homicídio.
Os crimes patrimoniais como roubo a pedestres, a estabelecimentos comerciais e financeiros, ao transporte público, roubo de veículos e em residência caíram, respectivamente, 21%, 12%, 26%, 38%, e 39%. Enquanto isso, a apreensão de armas de fogo cresceu 40%, com 503 exemplares apreendidos, e o total de pessoas presas subiu 3,6%, sendo efetuadas 2.246 prisões em dez meses.
A prefeita Paula Mascarenhas ressaltou que, para 2019, a prioridade é a construção de uma nova casa prisional no município, a fim de diminuir a superlotação do Presídio Regional e dar melhor estrutura tanto para quem cumpre a pena, quanto aos servidores da Susepe. O executivo aguarda a definição do governo estadual eleito acerca dos novos secretários para pleitear as verbas pretendidas, bem como um aumento de agentes penitenciários.
As instituições também já organizam as ações para os meses de dezembro e janeiro, a fim de evitar o aumento do número de homicídios como ocorreu no início deste ano. Conforme o comandante regional da Brigada Militar, tenente-coronel Márcio Roberto Galdino, os setores de inteligência da Guarda Municipal, Polícia Civil, Brigada Militar e a Susepe deverão se reunir para planejar a abordagem.
O delegado de polícia regional, Márcio Steffens, enfatizou ainda as operações que a Polícia Civil vem efetuando sob o patrimônio de grupos criminosos, voltado a descapitalização. Através do “sequestro” de imóveis, armas e valores, esses recursos deixam de financiar o tráfico e podem, inclusive, reverter em melhorias para a própria corporação. “A repressão foca principalmente os esquemas de lavagem de dinheiro”, explicou o delegado.
Por último, foram analisados os números referentes as 180 Operações Integradas realizadas desde julho de 2017, e que compõem o eixo de Fiscalização do Pacto. Neste período, mais de 15,6 mil pessoas foram abordadas, bem como 8,5 mil veículos. Cerca de 160 estabelecimentos foram autuados ou fechados por irregularidades, e 113 pessoas tiveram prisão decretada.