GABRIEL RIBEIRO : “Não podemos entregar a chave do vestiário do Pelotas”
Ele quer direção atuante e mira resgate do Pelotas em sintonia entre funcionários e torcida, em busca do Acesso em 2022
Por: Henrique König
O Diário da Manhã conversou com Gabriel Ribeiro, Vice-Presidente de Futebol do EC Pelotas e que mantém seu cargo de Diretor de Comunicação no clube da Avenida Bento.
Gabriel, para passar a régua sobre o semestre do Pelotas. Te esforçaste em busca de viabilizar o futebol. Como encerrou essa questão?
“Tentei de tudo, com várias idas a Porto Alegre, conversas com empresários, com profissionais da bola e atletas. A direção foi responsável em não disputar o semestre, poupando os recursos para, de maneira mais pontual, utilizar em busca do Acesso. Na minha alçada, fui atrás do máximo possível de pessoas para viabilizar, mas o Pelotas optou por não disputar e respeitamos a decisão”, alegou sobre as coisas não finalizarem como o esperado.
Mesmo sem o futebol masculino adulto, estiveste bastante presente no clube. Como foi esse período?
“Foi um período bom, de muitas andanças. Isso me oportunizou vir a ser diretor de futebol. O Pelotas nunca parou. Tentamos a Copinha, respeito a responsabilidade fiscal e financeira, mas começamos as conversas pensando 2022. O Pelotas não pode deixar de subir. Cada ano que passa fica mais difícil. No período, o Pelotas teve o Estadual Feminino, teve as Escolinhas com o Felipe e o Josué. Eu ajudo sempre que possível, levando o segmentos do Pelotas adiante.”
Seu novo cargo é ligado ao futebol. Como ocorreu o convite?
“Estou sempre disposto a ajudar o Pelotas em qualquer questão. O cargo às vezes nem é tão importante, porque sempre há o que ser feito no Pelotas.
Se estou no futebol é porque apresentei questões para essa pasta. Fui sete anos da assessoria para ser diretor de comunicação. Nomenclatura às vezes é o de menos, temos que mostrar trabalho para colher os frutos.”
Como encara essa missão?
“Um grande desafio, mas principalmente um resgate do Pelotas enquanto clube. Queremos um clube em que as pessoas queiram estar lá, os jogadores entendam e construam um ambiente de fraternidade. Não podemos entregar mais a chave do vestiário. Precisamos de pessoas compromissadas no dia a dia, para mostrar o que é o Pelotas, o que é a Boca do Lobo e que a torcida precisa ser respeitada.”
“Queremos pessoas que queiram ficar aqui, não somente três meses, já pensando aonde vão se empregar adiante. Precisamos da sintonia entre arquibancada e vestiário. Um bom time leva a torcida ou uma boa torcida leva o time? Acredito que as duas coisas precisam de sintonia no Pelotas.”
Pretendem trabalhar com executivo de futebol? Alguma parceria já em vista?
“Estabeleci várias conversas. Ainda não temos o calendário de 2022. Não temos a data de início e de término da Divisão de Acesso, o que nos dificulta muito o contato com profissionais e jogadores.”
Alguns atletas ainda pertencem ao Pelotas?
“O atacante Gustavo Sapeka e o Itaqui. Eles se lesionaram e acabaram fazendo tratamento. Sapeka se recuperou e disputou a Divisão de Acesso pelo Veranópolis. Vamos definir gerente, comissão técnica e reavaliá-los para o grupo do Pelotas. Não adianta o Gilmar (Schneider), o Luciano (Alves) e eu contratarmos 25 atletas se ainda não termos a comissão, não sabermos se eles se adéquam ao tipo de jogo que o treinador queira. Queremos o gerente e o treinador para ajudar nessas definições, mas no Pelotas queremos que a palavra final esteja com a direção, de forma atuante. Não mais entregar a chave do vestiário.”
Categoria de base no clube. Já pensam algum avanço na questão?
“Durante 2021, houve reuniões sobre esse tema. Em 2022 e 2023 nossa realidade de segundo semestre é Copinha, não tem como disputar Nacional antes disso. Uma categoria de base nos ajudaria a manter a maior parte do plantel para jogar a Copinha.”
Recado final: “Atualmente temos 11 diretores que representam vários segmentos no Pelotas: UPP, Força Jovem, Movimento Lobo Forte e o Pelotas deve ser feito por torcedores e para torcedores.”