HOMICÍDIOS : Caso não resolvido angustia familiares
Por Marcelo Nascente
Desde o dia 29 de setembro de 2016, a família de Vilmar Coutinho de Souza busca por respostas sobre seu assassinato, ocorrido no Passo do Salso, com três golpes de seu próprio machado. Quase um ano e meio após o crime, ainda não há denunciados, já que as investigações não são conclusivas quanto a um autor ou motivação. Diversas ações foram executadas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, como quebras de sigilo telefônico, cumprimentos de mandados de busca e apreensão e ouvidos depoimentos de familiares, vizinhos e pessoas próximas da vitima. Também foram periciados o local e a arma do crime, que continha sangue, mas sem nenhuma resposta conclusiva.
De acordo com o advogado da família da vítima, Alberto Gehrke, algumas pessoas foram reinqueridas no último mês, em busca de possíveis discordâncias em relação a seus primeiros depoimentos. “Por se tratar de crime ocorrido em zona rural, é dificultosa a coleta de informações e encontrar possíveis testemunhas, o que dificulta mais as investigações na busca pelo autor do homicídio. São alguns os suspeitos e são inúmeras as linhas de investigação neste momento”, diz Gehrke. Ele também salienta que quaisquer informações a respeito do caso podem ser repassadas, de forma anônima, a ele, à Polícia ou à Promotoria Pública e podem ser fundamentais para solucionar o crime.
RELEMBRE – Em 29 de setembro de 2016, Vilmar de Souza, morador do Passo do Salso, em Pelotas, foi encontrado sem vida em terreno onde morava sozinho há 19 anos. Foi a 51ª vítima de assassinato na cidade naquele ano. De acordo com inquérito da Polícia Civil, a companheira da vítima, que não residia no local, estranhou ao não ter conseguido contato com este e solicitou a um vizinho que tentasse localizar Vilmar, já que sua última comunicação com ele teria sido às 10h daquele mesmo dia. Por volta de 20h, o vizinho o encontrou caído, em uma parte de seu terreno que é causa de litígio.
Vilmar foi atingido por três golpes. Todos no pescoço, tendo sido praticamente degolado. Os golpes foram desferidos com o próprio machado da vítima. De acordo com laudo do Instituto Geral de Perícias do Estado (IGP/RS), a causa de sua morte foi choque hipovolêmico por hemorragia externa e transecção medular cervical, causado por instrumento cortante e meio cruel. A vítima também apresentava diversas escoriações e ferimento cortante na palma da mão esquerda, compatível com lesão de defesa.