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Indicadores criminais em queda no Estado

Indicadores criminais  em queda no Estado
14 agosto
09:18 2020

Os indicadores foram apresentados pelo governador Eduardo Leite, e o vice Ranolfo Vieira Jr.

FEMINICÍDIOS – O Rio Grande do Sul obteve em julho uma dupla vitória na luta por igualdade e respeito às mulheres. Além de completar o terceiro mês consecutivo com redução nos feminicídios, a queda foi tão expressiva que conseguiu reverter o cenário do acumulado do ano de alta para queda. Enquanto julho de 2019 teve catorze mulheres assassinadas por razões de gênero no Estado, o total de vítimas no mês passado caiu 86%, para duas vítimas – o menor número para o mês em toda a série histórica, iniciada em 2012.

Com essa retração profunda, a soma de feminicídios em 2020 chegou a 53, dois a menos (-4%) do que os 55 registrados no mesmo período do ano passado, interrompendo a tendência de alta que se verificou no primeiro semestre.

violência mulherVIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – Além dos feminicídios, todos os demais indicadores de violência contra a mulher fecharam em baixa, tanto no recorte mensal quanto no acumulado. Os estupros, por exemplo, caíram 33,6% na comparação de julho deste ano, com 95 casos, contra os 143 registrados no mesmo mês em 2019. Em igual leitura, as lesões corporais reduziram de 1.364 para 1.155 (-15,3%), as ameaças, de 2.739 para 2.295 (-16,2%), e as tentativas de feminicídio ficaram estáveis, com 22 casos.

O paralelo de acumulados nos primeiros sete meses em 2019 e 2020 mostra que já são quase 3 mil ocorrências de ameaça a menos, passando de 21.952 para 19.200 (-12,5%). Nas lesões corporais, a redução supera 1 mil casos, de 12.056 para 10.876 (-9,8%). A soma de tentativas de feminicídio caiu de 205 para 188 (-8,3%) e o estupros, de 929 para 920 (-1%).

HOMICÍDIOS – Assim como as mortes por motivo de gênero, os demais assassinatos também reduziram em julho, aprofundando a queda no acumulado de 2020. No mês, os homicídios no Estado baixaram 12,2%, de 148 no ano passado para 130, o menor total em julho desde 2008, quando houve 125 vítimas. No paralelo das somas a partir de janeiro, a queda é de 8,1%, com quase uma centena de vidas preservadas. Foram 1.134 homicídios no período em 2019, contra 1.042 neste ano, o menor total para o intervalo desde 2011, quando o número de vítimas foi de 1.031.

O foco territorial para combate ao crime nos municípios onde ele mais se faz presente, como tem sido feito desde o lançamento do Programa RS Seguro, puxou a redução verificada. No ranking das 10 maiores quedas de homicídio no Estado em número absolutos, nove ocorreram em cidades priorizadas pelo RS Seguro.

ATAQUES A BANCOS têm queda recorde de 77% em julho. O trabalho de inteligência e estratégia policial, aliado ao menor movimento urbano em razão da pandemia da Covid-19, conseguiu frear para níveis inéditos um tipo de crime que até alguns anos atrás tinha presença quase diária no cotidiano dos gaúchos. Os ataques a banco apresentaram retração de 77,8% em julho na comparação com o mesmo mês em 2019, passando de nove casos, na soma de furtos e roubos, para apenas dois neste ano – é o menor total absoluto e a maior queda percentual para o período desde que a SSP iniciou a contagem separada desse tipo de delito, em 2012.

pol 14 agosto 2020 FEMINICIDIOsROUBO DE VEÍCULOS – Além dos ataques a banco, outros delitos contra o patrimônio continuam em franca descendência no Estado. Um destaque é o roubo de veículos, que em julho caiu ao menor total de ocorrências para o mês desde que a contabilização foi iniciada pela SSP, em 2002. Com a manutenção integral do trabalho das forças de segurança e a menor circulação de pessoas em razão da pandemia, foram registrados 632 roubos de veículos no sétimo mês deste ano, 27% menos do que os 867 de igual período em 2019.

Ainda entre os delitos contra o patrimônio, houve retração em julho nos furtos de veículo (-34,6%), nos roubos (-37,3%) e nos furtos (-38,2%) em geral, e nos ataques a comércio (-39,8%). Os roubos a transporte coletivo, somadas as ocorrências envolvendo passageiros e trabalhadores de ônibus e lotações, teve cinco casos a mais do que no mesmo mês de 2019, mas o acumulado desde janeiro ainda é 42,9% menor do que o número registros em igual período do ano passado.

LATROCÍNIOS – Consequência mais grave dos crimes patrimoniais com uso de violência, os roubos com morte somaram duas ocorrências a mais em julho deste ano na comparação com o anterior. O número de casos em todo o Estado passou de três para cinco (66,7%), ainda a segunda menor marca para o mês desde 2009, com quatro ocorrências.

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