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Lei anti-incêndio gera insegurança entre prefeitos da Azonasul

09 março
15:52 2014

A nova e rígida lei estadual anti-incêndio (PLC 155/2013), que deverá ser regulamentada em menos de 30 dias, vem gerando uma série de dúvidas entre as lideranças municipalistas, uma vez que as determinações jogam ao Poder Público Municipal uma série de novas responsabilidades, aumentando custos.

Tema foi debatido em reunião da Azonasul

Tema foi debatido em reunião da Azonasul

O assunto foi discutido sexta-feira, durante a reunião promovida pela Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul), em Capão do Leão. Os prefeitos pensam em estabelecer uma minuta padrão para a concessão e renovação de alvarás, o qual poderá ser transformado em lei municipal como forma de oferecer embasamento legal às liberações concedidas pelas prefeituras.

Sancionada em 26 de dezembro de 2013 pelo governador Tarso Genro, a lei já está valendo para todas as edificações novas no Estado, fazendo com as que as vistorias sejam realizadas sob a nova ótica. Entre as atividades previstas na normativa, os bombeiros verificam a existência de extintores, iluminação, sinalização e saídas de emergência compatíveis com a capacidade do local, exigindo o cumprimento imediato. Uma das alterações propostas mais significativas e que vem gerando discórdia é a necessidade de estabelecimentos terem alvará dos bombeiros para funcionar, quando antes era possível dar início às operações sem o documento. Mas, em edificações já construídas e na promoção de eventos, os efeitos já são sentidos. “Aqui em Capão do Leão, vivemos um clima de incerteza nos últimos dias. O Corpo de Bombeiros interditou alguns ambientes onde a Festa da Melancia seria realizada. Agora há pouco, conseguimos autorização para a realização de nosso evento, o que garantirá segurança e tranquilidade aos nossos visitantes”, comemorou o prefeito anfitrião, Claudio Vitória.

O presidente da Azonasul, Ildo Sallaberry, apresentou proposição de que os prefeitos assumam os riscos e liberem as renovações de alvarás para pequenos empreendimentos. As discussões, no entanto, voltarão à pauta na região e serão ampliadas em nível estadual junto à Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs). A assessoria jurídica da Azonasul deverá oferecer instruções às prefeituras para orientar os gestores.

ESTRADAS – Outro problema que vem gerando desconforto às administrações diz respeito à liberação de cascalhos para a manutenção das vias de acesso. Em pleno período de escoamento de safra, o prefeito de São Lourenço do Sul, Daniel Raupp (PT) expôs as dificuldades enfrentadas em seu município e recebeu apoio de totalidade dos chefes do Executivo, uma vez que o entrave é comum em todas as localidades. O assunto merecerá audiência com o governador Tarso, agendada para a próxima quarta-feira, às 9horas, no Palácio Piratini. A agenda será coordenada pelo deputado estadual Catarina Paladini (PSB), que na próxima semana estará no exercício da presidência da Assembleia Legislativa. A expectativa é de sensibilizar o governo estadual e agilizar as tramitações dentro da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).

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