Diário da Manhã

Marlon ficou três meses fora do time do Brasil. Era possível desconfiar que ele estivesse fora também dos planos. Mas retornou para recuperar a titularidade da camisa 6. O lateral-esquerdo recuperou a confiança no seu futebol e o prestígio junto ao torcedor. Na partida passada pela Série B, diante do Santa Cruz, Marlon chamou a responsabilidade de bater o pênalti, que resultou no empate rubro-negro por 1 a 1.

A lesão ocorreu no jogo diante do Juventude, dia 20 de junho, no Alfredo Jaconi. O retorno de Marlon só aconteceu em 23 de setembro, diante do Ceará, no Castelão. Nesse período, uma recuperação demorada e polêmica. O jogador reconhece que ficou estressado, porque nunca havia passando tanto tempo no departamento médico em sua carreira. Agora, ele quer deixar essa questão para trás.

“Voltei confiante. A lesão passou e estou focado, treinando firme para puder ajudar o Brasil. A confiança está em alta. Vou me doar o máximo dentro e fora do campo”, afirma o lateral, de 31 anos, que está no Brasil desde abril do ano passado.

Marlon fez gol de pênalti contra Santa Cruz: depois do estresse por lesão, a volta por cima
Foto: Assessoria GEB

PÊNALTI – Marlon foi designado para cobrar o pênalti diante do Santa Cruz. Demorou para bater na bola, fazendo uma caminhada lenta, com uma paradinha, esperando que o goleiro Júlio César definisse para qual lado iria cair. Foi tempo de um silêncio angustiante na Baixada. Enfim, mandou a bola para o canto oposto ao do goleiro.

“Venho treinando bastante e na hora todos acharam que eu deveria bater o pênalti. Eu estava confiante e tranquilo, pequei a bola e bati. Graças a Deus conseguiu fazer o gol e pude ajudar o Brasil”, diz o lateral-esquerdo, que é natural de Belém do Pará.

O Brasil fará agora duas partidas fora de casa. A primeira delas, nesta sexta-feira, é diante do Oeste, na Arena Barueri. Um adversário, que está na sexta colocação do Campeonato Brasileiro da Série B, com 49 pontos – quatro de distância para o G-4.

“Sabemos que vai ser um jogo muito difícil, mas estamos treinando durante esta semana para se preparar da melhor maneira possível, para chegarmos lá e fazermos um grande jogo. Vamos em busca do resultado que será de muita importância para nossa equipe. Vamos lutar por todas as bolas e, se Deus quiser, vamos fazer um bom jogo”, completa Marlon.

Ataque com mais mobilidade

O técnico Clemer adiantou – logo após o empate com o Santa Cruz -, que o Brasil irá retornar à postura de outras partidas fora de casa (algumas delas com boa produção: primeiro tempo diante do Ceará; vitória contra o Criciúma e empate com o Vila Nova). Agora, ele testa alternativas de escalação, especialmente com um ataque de mais mobilidade, com a saída do centroavante Lincom.

Nesses jogos citados, o Brasil jogou com duas linhas de quatro, pois Lincom recuava para formar um quarteto com os três meias. No treino desta terça-feira, a composição desse quarteto teve o habilidoso Rafinha, os velocistas Juninho, Cassiano e Marcinho. Itaqui entra no meio-campo, formando a dupla de volante com Leandro Leite. Nirley retorna à zaga, entrando no lugar de Evaldo, que está suspenso. Os outros dois suspensos são o João Afonso e o Nem.

A equipe formou com Marcelo Pitol; Eder Sciola, Leandro Camilo, Nirley e Marlon; Leandro Leite, Itaqui, Marcinho, Rafinha, Cassiano e Juninho. Nas últimas 11 partidas, o Oeste perdeu apenas uma vez: 1 a 0 para o Ceará em Barueri. São seis vitórias e quatro empates. O time conta ainda com o artilheiro da Série B: Mazinho, com 15 gols.