Diário da Manhã

domingo, 24 de novembro de 2024

Notícias

 Mais recentes

MERCADO CENTRAL : Prefeitura pode reduzir valor de aluguéis para comerciantes

12 agosto
09:01 2015

O secretário municipal de Desenvolvimento e Turismo, Fernando Estima, não compareceu à audiência pública realizada pela Câmara de Vereadores, ontem, mas autorizou a chefe de gabinete, Lizandra Márcia Cardoso a anunciar que o Executivo está disposto a conversar sobre a redução no valor dos aluguéis das bancas, “desde que não prejudique a saúde financeira do Mercado”.

DIVERSAS bancas estão fechadas no Mercado Central

DIVERSAS bancas estão fechadas no Mercado Central

Com a ausência de Estima, ficou decidido que uma nova reunião será realizada ainda esta semana, ou no máximo na próxima, na qual estarão presentes uma comissão de vereadores e a atual comissão formada por permissionários, que será ampliada com locatários que falem em nome dos que vêm mantendo diálogo com o Legislativo.

“Queremos que a Prefeitura ouça os vereadores e os locatários para que se possa encontrar uma solução para os problemas do Mercado”, afirmou Ivan Duarte (PT), que presidiu a audiência pública. Problemas que vão mais além do que os aluguéis considerados elevados e que têm afugentado muitos dos que se instalaram e não tiveram condições de se manter.

A pauta vai incluir a redução dos valores, o mix de lojas (ramo de atividade que pode atuar no espaço), o estacionamento rotativo e de terminal de ônibus no entorno e uma melhor divulgação dos atrativos do prédio.

“O Mercado está vazio”, argumenta o vereador Ivan, que considera fundamental o Poder Público fazer um estudo para saber por quê o frequentador tradicional deixou de ir ao Mercado. “O novo mix não funcionou, tem que voltar a vender alimentos, erva-mate? Se a Prefeitura não fizer isso vai ter que arcar com a responsabilidade de ter matado o Mercado”, afirma o parlamentar.

Na mesma linha se manifestaram vários vereadores. Anselmo Duarte (PDT) questionou se o comércio atual é o que a população gostaria, ou “é o que as autoridades querem que seja”. Foi ele também quem levantou a questão da falta de estacionamento, sugerindo o estacionamento rotativo.

Marcus Cunha (PDT) lembrou mercados públicos de sucesso e sugeriu a implantação do terminal de ônibus, o que mobilizaria grande parcela da população para o entorno do Mercado. Ele também questionou a contratação de empresa terceirizada para fazer a segurança do local. “Porque não podemos utilizar a nossa Guarda Municipal, temos que pagar terceirizados?”

Já o vereador Vicente Amaral (PSDB) disse que a população sente falta dos açougues, dos calçados que eram comercializados antigamente, e lembrou que no Mercado do município de Rio Grande são vendidos desde produtos “mais populares até os mais elitizados”.

O vereador Marcos Ferreira, Marcola (PT), protocolou, ao final da audiência, pedido de informações ao Executivo, para saber quem são os permissionários, o ramo de atividade de cada um, quanto cada banca paga de aluguel e as dívidas existentes junto à Prefeitura.

Jair Dias, representante dos locatários e Lizandra Cardoso, da Secretaria de Turismo

Jair Dias, representante dos locatários e Lizandra Cardoso, da Secretaria de Turismo

DEFESA – Ao defender a categoria, o comerciante Jair Dias disse que 50 bancas assinaram uma lista de comparecimento à audiência pública. “Precisamos reduzir os aluguéis, tem pessoas que não conseguem fazer a renegociação”, afirmou.

Antônio Corrêa, que tinha banca no antigo prédio do Mercado, e é suplente do PDT, afirmou que a maneira como os locatários são tratados pela Prefeitura “é uma vergonha. O importante não é tirar quem não pode pagar porque tem fila de espera, tem que manter quem já está lá”.

Ele também disse que tem conversado com produtores rurais e que muitos se queixam de que não frequentam mais o Mercado “porque têm vergonha de entrar de chinelo de dedo naquele luxo”. Segundo Corrêa, quem fez o mix do local, “não conhece a realidade de Pelotas”.

Já a representante da Secretaria de Turismo argumentou que os comerciantes de hortifrutigranjeiros foram procurados para se instalar no novo local, “mas não tiveram interesse”.

Notícias Relacionadas

Comentários ()

Seções