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MERCADO PÚBLICO : Crise leva secretário à Câmara

23 abril
09:14 2014

Inaugurado e reinaugurado, mas com jeito de ainda estar fechado, o novo Mercado Público, que ainda não conseguiu sensibilizar a população para frequentá-lo, foi um dos temas principais da sessão plenária desta terça-feira, na Câmara Municipal. O assunto acabou sendo discutido pela maioria dos parlamentares depois que o vereador Marcos Ferreira (PT) citou a entrevista do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Fernando Estima, a uma emissora de televisão, onde a pouca atividade do Mercado foi levantada. Marcola considerou que o secretário havia deixado várias questões em aberto, e ali mesmo, no plenário, convidou-o a comparecer ao Legislativo, para tratar do assunto.

Cerca de trinta minutos após o convite, Estima já estava presente à Câmara, o que levou parlamentares da base do governo a se manifestarem contra o que consideraram uma convocação inadequada. O vereador Anderson Garcia disse que apesar de defender a administração, tem muita dificuldade para marcar agendas com secretários, mas que um vereador da oposição fazia um convite e logo o secretário comparecia.

FERNANDO Estima (D) esteve ontem no Legislativo a convite dos vereadores

FERNANDO Estima (D) esteve ontem no Legislativo a convite dos vereadores

Apesar dos posicionamentos contrários, o presidente da Casa, Ademar Ornel (DEM) decidiu que o secretário deveria ser ouvido. A sessão foi suspensa e a reunião foi realizada na ante-sala do plenário.

Ao final do encontro, Ornel se posicionou a respeito da situação enfrentada pelo Mercado Público, patrimônio do povo pelotense: ” hoje em Pelotas está difícil gerenciar um empreendimento, porque tudo está muito burocratizado. Logo após o episódio da Boate Kiss em Santa Maria, a Prefeitura de Pelotas partiu para uma ação fechando tudo, numa força tarefa que, inclusive, fechou a piscina de um clube social sob pretexto de incêndio”, lembrou o parlamentar.

Segundo o presidente, a partir do momento em que a Prefeitura agiu sem usar de critérios mínimos, “criou nos bombeiros uma cultura para dificultar qualquer empreendimento na cidade e, hoje, o Poder Público prova de seu próprio veneno”.

Ornel afirma ainda que, em relação ao Mercado Público, é preciso que haja “um reexame da situação, visto que se programou um espaço cujas atividades estão divorciadas da realidade social da nossa cidade, o que levou à pouca afluência de público e ao desestímulo dos pequenos empreendedores”.

MANIFESTAÇÕES –  Segundo o vereador Rafael Amaral (PP), a demora na liberação dos alvarás da Prefeitura e do Corpo de Bombeiros está comprometendo o desenvolvimento do Mercado Público e de outros empreendimentos no município. Ele explica que os bombeiros têm pouco efetivo para avaliar os mais de mil projetos que aguardam aprovação.

Ao se pronunciar, Ivan Duarte (PT) disse que um dos comerciantes em atividade no Mercado tem uma dívida de mais de R$ 20 mil por causa da inatividade do local e do preço muito alto das bancas, que estão causando sérios prejuízos aos pequenos empreendedores. “A Prefeitura errou feio e precisa assumir que errou”, afirmou o vereador petista.

Para Beto Z3 (PT), o esvaziamento do Mercado tem um motivo: a reforma retirou os comerciantes que trabalhavam para a população, vendendo sapato, erva para chimarrão, lembranças da cidade em pequenas bancas populares. “Mas a Prefeitura resolveu reformar pensando nas elites e agora o Mercado está vazio”, disse o parlamentar.

Marcus Cunha (PDT) sugeriu a construção de um terminal de ônibus dos vários bairros da cidade junto ao Mercado, para garantir mais movimento no local, a exemplo do que ocorre em diversas cidades no país.

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