MERCADO PÚBLICO : Movimento de consumidores ainda é tímido
Já se passou mais de um ano desde a reabertura do Mercado Público de Pelotas. Após a reforma que durou cerca de dois anos e meio e custou R$ 2,7 milhões, onde R$ 700 mil foram custeados pela prefeitura e o restante foi bancado pela União.
Ao todo, o Mercado conta com 84 bancas, mas até hoje nem metade delas foram preenchidas. Para abrir uma loja no local o investimento é menor que em outros pontos centrais da cidade: a outorga varia entre RS 2 mil, mais o aluguel que fica em torno de R$ 800. O público que circula pelo local ainda é muito baixo, e um dos motivos para que isso aconteça é a falta de divulgação do local por parte da prefeitura. E essa baixa divulgação reflete no pouco número de lojistas instalados no espaço, pois se observa que existe um receio por parte de novos empresários em abrir um empreendimento no Mercado, pelo fato do fluxo de pessoas ainda ser muito pequeno, pois sem a divulgação necessária, as vendas demoram a emplacar.
“Falta que a prefeitura olhe para o Mercado com o devido respeito que ele tem com a cultura da cidade”, disse a proprietária do Empório Sabor da Terra, Jordana de Lima. E acrescentou “O pouco de divulgação que o Mercado teve após sua reativação, foi porque nós, donos de bancas, corremos atrás e conseguimos, não partiu da prefeitura”, finalizou.
Outro ponto abordado pelos lojistas é o fato de o público pelotense ser muito conservador, e ainda não enxergar o Mercado como um lugar diferente do que foi no passado. “Esse conservadorismo acerca do nosso Mercado Público só vai diminuir se a prefeitura investir em divulgação, para que as pessoas entendam que o Mercado mudou, e agora é um lugar onde se encontram produtos que refletem a cultura da cidade”, disse Priscila Rodrigues, vendedora da Banca 51, que comercializa produtos gourmet.