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quinta, 25 de abril de 2024

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Mescla de idades no Grêmio Esportivo Brasil não surtiu efeito na Série B

13 setembro
10:49 2021

Por: Henrique König

O zagueiro Arthur Henrique, com menos de 30 jogos como profissional, foi o capitão do Xavante diante do Confiança, pela 23ª rodada da Série B. O jogador, pertencente ao Cruzeiro, se firmou na titularidade pelo Brasil, tem procurado ajudar na saída de jogo, tem arriscado e tentado fazer valer sua boa condição física. Mas, com apenas 22 anos, mostra como a balança do Rubro-Negro, entre jovens e experientes, não está bem calibrada.

Basta olhar para as principais contratações, as vindas “de peso” do Brasil para a temporada 2021. O volante Denilson foi embora, ainda pesando a mão nas críticas feitas à direção e à organização do clube. Em seguida, o atacante Ramon, com apenas um gol na Série B, rescindiu e foi para o futebol do Azerbaijão. Permanece com o grupo o centroavante Junior Viçosa, nenhum gol marcado com a camisa xavante.

João Siqueira, 21 anos, e Arthur Henrique, capitão aos 22, formaram a jovem zaga xavante no empate com o Confiança
Foto: Volmer Perez / Especial / GEBrasil

Único jogador remanescente da Série B 2016, o experiente zagueiro Leandro Camilo oscila entre titular e reserva e recentemente passou pela Covid-19. O também experiente Héverton tem sido reserva. E o goleiro Matheus Nogueira, 35 anos, em sua melhor oportunidade na carreira, tem dado resposta defendendo a meta rubro-negra.

No desequilíbrio da temporada 2021, muitos jovens compõem o elenco e ganharam oportunidades como titulares, mas sem conseguir tirar o Xavante da zona de rebaixamento. Do Atlético Mineiro vieram o volante Wesley, o meia Paulo Victor e o lateral Kevin. No ataque, muitos nomes: Fabrício, Cristian, Welinton Torrão (que saíram), Lucas Santos, Rildo, Netto, Luiz Fernando, Erison. Nenhum dos citados com mais de 23 anos. A culpa não pode recair sobre eles. O elenco ficou desequilibrado durante a temporada.

Oriundo da base do clube e com passagem pelo Ceará, o zagueiro João Siqueira foi titular em jogos pela lateral esquerda e, no empate com o

Confiança, compôs a jovem zaga xavante ao lado de Arthur Henrique. Ele conversou com Gustavo Louzada, da RU:

“Tenho tentado aproveitar cada detalhe, tudo que a comissão técnica e os jogadores nos passam e procuram ajudar. Sou muito grato ao Héverton e ao Camilo pelo que eles nos passam, procuro ouvir muito. Eles sempre procuraram me instruir, com dicas e conselhos.”

Sobre o posicionamento em campo e as críticas: “Minha posição de ofício é zagueiro, mas venho treinando bastante pela lateral, o que é bom, a versatilidade para o jogador e para a equipe. Tenho trabalhado bastante em campo e visto vídeos das minhas atuações e também de outros atletas”, afirma João, 21 anos, que considera se cobrar muito para alavancar a carreira.

Se em 2020, nomes como Felipe Albuquerque, Luiz Henrique e Bruno José foram cruciais para a boa campanha do Brasil, a falta de respaldo em 2021 também pode ter atrapalhado e muito o rendimento dos garotos na Baixada. É preciso paciência com eles, porque a culpa não pode ficar com os mais novos, que estão recém agora sentindo o termômetro de competições como a Série B.

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