Diário da Manhã

Em turnê após quase três anos, Pedro Munhoz toca domingo em Pelotas

Por Carlos Cogoy

O primeiro disco “Encantoria”, foi gravado ao vivo no então Teatro do Círculo Operário Pelotense (COP), em 1998, período no qual residia em Pelotas. No domingo, ele retorna à cidade, na qual morou nos anos noventa. Pedro Munhoz, cantador e violeiro, que nasceu em Barra do Ribeiro, e atualmente reside em Picos no Piauí, está retomando as apresentações após quase três anos de interrupção. No repertório, composições que surgiram durante o período da pandemia. Elas integram o show “Diário de Canções”, que será apresentado domingo às 19h no Sindicato da Alimentação – rua Almirante Barroso 3.124. A produção é de Duglas Bessa, que conta com a parceria do Sindicato da Alimentação e Instituto Mário Alves (IMA). Ingresso a R$20,00.

Participção de Duglas Bessa e Teresa Ferlauto

CANÇÕES – Em 1976, Munhoz aprendeu a tocar violão. Mas ele identifica 1987, como o ano no qual passou a viver profissionalmente da música. Em 35 anos de música, seis discos, duas coletâneas, um DVD, um EP e quatro singles. Também o reconhecimento através de prêmios, como o primeiro lugar no Festival Nacional da Reforma Agrária em 1999, e convites que já o levaram a trinta países. No período recluso, durante a pandemia, adaptação a lives, e quase quarenta novas músicas. Muitas delas estão no Diário de Canções, cuja turnê iniciou a 30 de março na Paraíba. Em Sapé, diz Munhoz, apresentação especial. O local foi o Memorial das Ligas Camponesas, lembrando os sessenta anos do assassinato do líder campesino João Pedro Teixeira. Na sequência, shows em Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina. No Rio Grande do Sul, apresentou-se neste mês, em Seberi e Santa Cruz do Sul. Na sexta, toca em Eldorado, sábado em Herval, e domingo em Pelotas. A turnê ainda terá Canguçu no dia 25, Jaguarão no dia seguinte, e Uruguai nos dias 27, 28 e 29, respectivamente em Las Piedras, La Paz e Montevidéu. A música de Pedro Munhoz, pode ser ouvida online, acessando o palcomp3.com.br.

PELOTAS – No Sindicato da Alimentação, participação de Duglas Bessa e Teresa Ferlauto. No repertório, as composições que refletem sobre as diferentes fases da vida durante a pandemia, e também músicas que são aguardadas pelo público: Procissão de Retirantes; Canção da Terra; Te mando notícia de mim; A outra história da Princesa; Fronteira Me Voy; Dias cinzentos, dias de vento; Marias, charqueadas e fronteiras; Manhãs; Minha pátria é todo mundo; A Terra é uma laranja, qualquer dia vai murchar; Amor demais pra dois; Cantigas de andar só; Um outro olhar do sul; Quem tem coragem?; Envelhecemos.

COMPROMISSO – Crítico ao governo fascista e genocida, defensor da natureza e igualdade, Munhoz menciona que sua arte está “comprometida com a vida, as pessoas, o planeta, a ecologia, a preservação do meio ambiente, e valores como a solidariedade, partilha, humanismo, então, uma visão ideologicamente de esquerda”.