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MÚSICA : Show do disco “Recomeço” de Leila Rosa

MÚSICA : Show do disco “Recomeço” de Leila Rosa
26 março
08:39 2018

Quarta-feira às 21h no PUB 372, retorno à cidade da pelotense Leila Rosa para o lançamento do disco de estreia “Recomeço”

Por Carlos Cogoy

Há quase catorze anos fora de Pelotas, ela regularmente visita a cidade para reencontrar familiares e amigos. A ligação com a música está no “DNA” como ressalta, já que é filha do exímio violonista Teci Pereira. Em família, a arte também está presente no irmão Teci Pereira Jr, talentoso ator de teatro e cinema. Nesta semana, no entanto, Leila Rosa, além de revisitar locais que estão marcados na memória, como o Laranjal, Catedral, Baronesa, Aquários e Bibliotheca Pública Pelotense, também terá agenda especial. Trata-se do show de lançamento do seu disco de estreia “Recomeço”, que acontecerá quarta às 21h no PUB 372. Além do repertório autoral, ela também interpretará MPB, samba, bossa-nova e Pop. Em destaque as participações do pai Teci, e do irmão Endrigo Pereira. Ingresso à venda a partir desta segunda, com o valor de R$30,00 (incluindo o CD), ou individual a R$15,00. O PUB está localizado à rua 15 de Novembro 372. Informações e reservas: (53) 3302.8220. E-mail: [email protected]

Cantora Leila e o pai Teci Pereira

Cantora Leila e o pai Teci Pereira

DISCO  Leila Rosa dedica-se a cantar há mais de trinta anos. Mas, foi a partir de 2012, que começou a compor. Ela diz que foi motivada por admiradores da sua arte, amigos e colegas. “Em 2016, tomei a decisão de me dedicar integralmente à profissão, a compor e a estar nos palcos o máximo de tempo que puder”, frisa. O disco foi gravado no DS Estúdio em Poços de Caldas, onde está radicada, e o lançamento ocorreu ano passado. Desde então, a turnê para divulgar o seu “recomeço”, já passou por Minas Gerais e Santa Catarina. No disco ela apresenta as faixas: “Vem pra mim”; “Canto da cigarra”; “Dias de chuva”; “Morena faceira”; “Blum!!”; “Recomeço”; “Ciclo do Amor”; “Terra Mãe”; “Nem te conto”; “Meu cantar”. Na internet, disco está no iTunes (Apple), Spotify e Deezer. Também pode ser ouvido e adquirido no site: leilarosa.com

TRAJETÓRIA – Aos quatro anos de idade, acompanhando ensaios e apresentações do pai, Leila pediu para cantar “Feelings” de Morris Albert. Ela conta que Teci se surpreendeu com a afinação, ritmo, divisão e métrica musical. Percebendo o talento da filha, levou-a ao encontro de músicos para cantar. Ele subia o tom e ela, instintivamente, tratava de acompanhar. Dali, passou a cantar nos bailes infantis de Carnaval, animados pelos grupos que o pai participava. Em casa, ouvia Simone, Alcione, Gal Costa, Maria Bethânia, Clara Nunes, Luiz Airão, o preferido de Teci, Baden Powell, e aquela que considera sua maior influência, a gaúcha Elis Regina. “Na madrugada ouvia rádios do Rio e São Paulo, para gravar as músicas que gostava em fita cassete. O meu pai sempre teve um gosto musical refinado, e foi me transmitindo, incentivando-me a cantar. Ele dizia: ‘Se eu ensinar ela a tocar, eu perco a cantora para acompanhar, pois eu não canto’”, diz Leila.

TALENTO – Em janeiro de 1983, Leila venceu concurso de calouros no clube Cruzeiro. Aluna da então ETFPel – atual IFSul -, ela estudava edificações, e participou de dois concursos promovidos pela escola. E Leila foi a vencedora nos dois. Num terceiro, foi aceita apenas como “convidada”, já que os demais calouros ameaçaram não se inscrever se ela competisse novamente. Aos 21 anos, concorreu com mais de quinhentas candidatas gaúchas, num concurso promovido pela produção da Xuxa. Ela venceu, e o objetivo seria a criação de um grupo musical. O projeto, no entanto, não foi adiante pois Xuxa encerrou o programa na Globo”.

 

 Leila Rosa neste ano estará retornando para apresentações na Europa

Leila Rosa neste ano estará retornando para apresentações na Europa

PALCOS – Leila recorda que, durante um mês, teve aulas teóricas com “Dona Amélia”, que lhe ensinou o equivalente a um ano de aprendizado. Também cantou em corais, e nos grupos “Santos” e “San Remo”. Na região, lembra do Bar do Paulinho no Laranjal, Rincão Nativo e churrascaria Leão em Rio Grande. A partir de 2004, foi residir em Poços de Caldas, sendo que posteriormente também com etapas em Brasília e Rio de Janeiro. Em 2009, apresentou-se na França, cantando em Bordeaux e Paris. Ela conta que, ao fim de 2018, estará retornando para shows na Europa.

Gestão cultural

Leila Rosa especializou-se em gestão cultural. Ela acrescenta que o disco de estreia “Recomeço”, produção independente, teve aprovação na Lei “Rouanet” do governo federal. Com isso, a fase é de captação de cursos, para o projeto de circulação do disco. Conforme a artista pelotense, o objetivo é definir agenda de lançamentos até junho deste ano.

INCENTIVO – Ela avalia: “O poder público exerce um papel forte no apoio à cultura.  Houve uma grande evolução no setor cultural nos últimos dez anos, com o desenvolvimento de políticas públicas que, até então, eram consideradas ‘desnecessárias’ para desenvolvimento de uma sociedade. A cultura representa 10% do PIB nacional, fator que chama a atenção para tais investimentos. São políticas que valorizam a cultura regional e permitem que a identidade cultural de cada região seja valorizada e respeitada.  Com isso, a sociedade pode se apropriar de sua cultura, fortalecendo-se como ser atuante.   Porém, ainda há muito a ser feito, são poucos os lugares e regiões nos quais a conscientização da importância de se valorizar a cultura, são postos em prática.     Interesses políticos-sócio-econômicos interferem neste processo, como se vê no cenário atual do nosso País. Penso que as políticas públicas são ‘combustíveis’ necessários para que a arte e a cultura,  possam chegar até as classes menos privilegiadas. Portanto, são importantes ferramentas de incentivo aos artistas que, por si só, não têm como alavancar suas carreiras sem este apoio. As leis de incentivo, como o próprio nome diz, incentivam esta impulsão, dando visibilidade aos artistas para que, depois, trilhem o seu caminho contando com o público já adquirido, bem como patrocinadores diretos da iniciativa privada, que verão o ganho ao serem parceiros da cultura”.

 

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