Diário da Manhã

Além de fazer um jogo que pode definir a primeira colocação do Grupo A na fase classificatória da Divisão de Acesso, o Pelotas alimenta um sentimento de vingança contra o Aimoré – seu algoz nas semifinais da Copa Paulo Sant’Ana no ano passado. Vencer o Índio Capilé, domingo, no Cristo Rei, em São Leopoldo, terá um sabor especial. Também será a primeira vitória do Lobo como visitante na competição.

O Pelotas já venceu o Aimoré neste ano, mas foi na Boca do Lobo: 2 a 1 no jogo do primeiro turno. Agora quer mostrar sua força na casa do adversário. “O Aimoré ficou trancado na nossa garganta com aquela derrota na Copinha, quando nós tínhamos tudo para ir mais adiante”, diz o lateral esquerdo Juliano Tato – um dos remanescentes do time que jogou a Paulo Sant’Ana e perdeu a vaga nos pênaltis em São Leopoldo.

Os dois times se revezaram na liderança do grupo. Por várias rodadas, o Aimoré esteve na frente do Lobo, levando vantagem no saldo de gols. Nas três últimas partidas o Índio Capilé perdeu força, empatando com Santa Cruz e Guarani/VA (esta última partida dentro de casa) e perdendo para o Grêmio Bagé. Em consequência, o Pelotas abriu três pontos de vantagem sobre o concorrente.

EQUIPE – Paulo Porto tem destacado que o sistema de jogo do Pelotas está definido. Ele mudou a forma de a equipe jogar logo nas primeiras semanas de trabalho na Boca do Lobo. “Com o Thiago (Gomes), o Pelotas vinha jogando com três volantes e três atacantes. Tinha dificuldade de sair pelo meio e dependia muito das jogadas pelo lado. Eu mudei. Hoje vocês podem ver quantas vezes nós chegamos com jogada pelo meio”, afirma.

Quanto à formação titular não parece haver dúvidas. Dão chegou para jogar – inclusive, ganhando a braçadeira de capitão. Seu companheiro de zaga deve ser Felipe. Carlão Moraes ganhou à disputa com Tiago Gaúcho pela primeira função do meio-campo. Germano é o segundo volante e Jean Roberto é o dono da vaga centralizada do meio-campo. Apesar da concorrência com Cleverson, os extremas são Gustavo Xuxa e Hugo Sanches.

Juliano Tatto (direita) admite que Aimoré é “nó na garganta”
Foto: Tales Leal/AI ECP

Falta garantia matemática

Como os quintos colocados dos dois grupos da Divisão de Acesso estão com 15 pontos, e faltam ainda três rodadas para o final da fase classificatória, não tem ainda time matematicamente classificado para as quartas de final. Os líderes das chaves – Pelotas e Ypiranga – estão com 22 pontos. Os que estão em sexto lugar possuem ainda chance de passar de fase na competição.

Lajeadense e União estão em quinto lugar de suas respectivas chaves, mas podem chegar a 24 pontos. Podem ultrapassar os líderes, embora isso seja quase impossível. Pelotas e Ypiranga estão igualados em pontos e número de vitórias – aproveitamento de 66,6% – na disputa pela melhor campanha do Acesso. A equipe de Erechim leva vantagem no saldo de gols: 12 a 7.

Guarani de Venâncio Aires e Passo Fundo estão em sexto lugar no seu grupo, com 10 e 13 pontos, respectivamente. Apesar distância para os concorrentes, que se encontram mais acima da tabela, podem ainda chegar a classificação nas três rodadas finais. O Passo Fundo ganhou mais esperança com a vitória de ontem por 3 a 1 diante do Igrejinha fora de casa.

REBAIXAMENTO – Depois de duas rodadas, os candidatos ao rebaixamento estão bem identificados: Santa Cruz, com cinco pontos no Grupo A – três pontos atrás do São Gabriel, que é o penúltimo colocado; e Brasil de Farroupilha, com três pontos no Grupo B– três a menos do que o Igrejinha.

CLASSIFICAÇÃO – ACESSO

GRUPO A

Grupo B