OSPA com apresentações em Rio Grande e Pelotas
Próximos concertos do projeto Ospa pelos Caminhos do Rio Grande serão nos dias 16 e 17 de novembro. Apresentações com entrada franca terão obras de compositores como Mozart, Beethoven, Strauss, Rossini e Bizet
A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre estará em Rio Grande, no domingo, e em Pelotas na segunda, apresentando concertos com entrada franca, em homenagem aos 190 anos da Imigração Alemã no Brasil. Os espetáculos integram a temporada Ospa pelos Caminhos do Rio Grande – financiado pelo sistema Pró-Cultura, da Secretaria de Estado da Cultura do RS, com patrocínio de Favorit e Petrobras. Os dois concertos têm o mesmo programa, serão regidos pelo maestro uruguaio Federico Garcia Vigil.
O espetáculo inicia com a execução de Fledermauss”, de Johann Strauss II (1825-1899). Com libreto de Karl Haffner and Richard Genée, a opereta estreou em 1874, no Theater an der Wien (Viena), e se tornou a mais aclamada do compositor.
Em seguida, a orquestra apresenta Sinfonia N° 7, de Ludwig van Beethoven (1771-1827). A obra foi concluída em 1812, é uma das pérolas do seu legado no que diz respeito à engenhosidade rítmica. O compositor e ensaísta alemão Richard Wagner, ao escrever sobre a peça, chegou a caracterizá-la como “a apoteose da própria dança, a dança no seu aspecto mais elevado, o ato mais sublime do movimento corporal, incorporado em um molde ideal de tom”.
A próxima peça é Abertura de “Carmen”, de Georges Bizet (1838-1875), um dos principais nomes da música lírica francesa da segunda metade do século XIX. Sua obra-prima, a ópera “Carmen”, com libreto de Henri Meilhac e Ludovic Halévy baseado na novela homônima de Prosper Mérimée, apesar de ter demorado a ser reconhecida em sua grandiosidade pelos críticos, foi elogiada por nomes Tchaikovsky, Debussy e Saint-Saens.
Depois, a Orquestra executa Abertura de “Guilherme Tell”, de Gioacchino Rossini (1792-1868). Com libreto de Etienne de Jouy e Hippolyte Bis baseado em obra do dramaturgo alemão Friedrich Schiller, a ópera narra o conto do lendário herói do século XIV que lutou pela independência da Suíça. A abertura é uma das mais ambiciosas aberturas de Rossini, e manteve a sua popularidade ao longo dos anos – várias de suas partes foram apresentadas em desenhos animados, anúncios e acompanhamentos de programas de TV e rádio.
Na sequência, Abertura de “As Bodas de Figaro”, de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Composta durante o inverno de 1785-1786, sintoniza com a velocidade do enredo, mantendo o dinamismo dos quatro atos da produção. O tema de abertura sugere não só a rapidez com que a trama se desenvolve, mas também o humor do trabalho.
O concerto se encerra com Marcha Radetzky, Op. 228 – uma das obras mais famosas de J. Strauss I (1804-1849) – o maior compositor de música de dança de sua época. Composta em 1848, é o principal testemunho da simpatia de Johann I pelo imperialismo durante as Revoluções daquele ano na Europa.
Federico Garcia Vigil nasceu em Montevidéu, no Uruguai. Começou a estudar piano ainda pequeno, no Conservatório Guillermo Kolischer. Também estudou harmonia, composição e orquestração com os professores Fabio Landa, Jiji Bortlichek e Charles Schwartz.
Conseguiu uma bolsa de estudos em Buenos Aires com o maestro Simon Blech e a Embaixada Francesa no Uruguai e continuou sua formação no Conservatório de Música em Strasbourg, na França, com o maestro Jean-Sebastian Bereau e, na Universidade de Paris, com Pierre Stoll. Na Europa, Vigil também foi convidado a se aperfeiçoar pelos governos da Inglaterra e Alemanha.
Já conduziu praticamente todas as orquestras da América Latina. Nos Estados Unidos, já regeu as orquestras de Wisconsin, Georgia, Greenville, Chicago, Portland e, no Canadá, a de Vancouver. Em solo europeu, já esteve à frente das orquestras de Córdoba, Madri, Palma de Mallorca, Estocolmo, Varsóvia e Bucareste.
Foi regente titular da Orquestra Sinfônica Municipal do Uruguai, entre 1985 e 1990, e da Orquestra Sinfônica de Bogotá, na Colômbia, de 1991 a 1994, além de Embaixador Cultural da Embaixada Uruguaia no mesmo país. No Brasil, foi convidado pelos maestros Isaac Karabtchevsky e Simón Blech a reger Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo no Festival Sinfônico Internacional Mercosul Cultural, em setembro de 1996.
Junto da Orquestra Filarmônica de Montevidéu, Vigil fez grande número de turnês internacionais, apresentando-se em palcos consagrados como o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, São Paulo, Santiago, auditório da nova Biblioteca de Alexandria e Opera House, na capital do Egito, Cairo. Desde 1993, é professor de regência na Escola Musical Municipal e na Universidade Nacional de Montevidéu.
RIO GRANDE:
Data: Domingo (16/11)
Hora: 20h30
Local: Auditório da FURG – CIDEC SUL (Av. Itália, Km 8 – Campus Carreiros)
Apoio local em Rio Grande: FURG
PELOTAS:
Data: Segunda-feira (17/11)
Hora: 20h30
Local: Catedral São Francisco de Paula (R. Dr. José Bonifácio Gonçalves, 15, Centro)
Apoio local em Pelotas: Secretaria da Cultura de Pelotas e Catedral São Francisco de Paula
ENTRADA FRANCA