PELOTAS : A chegada de Marcelo Rospide
Pelotas encerra finalmente a “novela” da busca de treinador para comandar a equipe na Divisão de Acesso
A 80 dias do início da Divisão de Acesso, o Pelotas apresentou finalmente o treinador para 2017, encerrando uma “novela” que se estendia há praticamente dois meses. O contratado é Marcelo Rospide, 35 anos, que está retomando as atividades de campo, depois de ficar quatro anos na superintendência técnica das categorias de base do Corinthians. “Minha opção pelo Pelotas é pela dimensão, a grande e a tradição do clube”, destacou o treinador.
A contratação de Rospide atende ao perfil traçado pelo Pelotas para o próximo ano: um treinador com ideias evoluídas e que possa realizar um trabalho integrado do departamento profissional com as categorias de base. Antes, o clube esteve acertado com Celso Rodrigues, que não pode ainda rescindir o vínculo empregatício com a Chapecoense, e com Renê Marques, que resolveu continuar no Almirante Barroso de Itajaí. “O Pelotas não contratou sua terceira alternativas, porque sempre trabalhamos com várias alternativas”, frisou o presidente Luiz Antônio Aleixo.
Rospide foi apresentado pelo empresário Jorge Baidek, que é o gestor do futebol do Pelotas. O treinador vem acompanhado do auxiliar Caco Espinosa, que é sobrinho de Valdyr Espinosa, do Grêmio. Os dois trabalharam juntos no Corinthians. Caco passou também pelo Duque de Caxias, no Rio; e Metropolitano, em Santa Catarina.
A formação de Rospide foi no Grêmio. Assumiu a equipe principal algumas vezes, com destaque para a boa campanha na primeira fase da Libertadores de 2009 – até a chegada de Paulo Autuori. Trabalhou ainda no Grêmio Prudente, Porto Alegre, Guarani/VA e Brasil.
Volta à atividade de campo
Curiosamente, a última vez que Marcelo Rospide esteve à beira do campo dirigindo uma equipe foi em Pelotas. Uma passagem rápida pelo Brasil em 2012. Meses depois, ele foi trabalhar de superintendente técnico da base do Corinthians. Agora, Rospide resolve voltar às atividades de campo, aceitando o desafio para treinar o Pelotas.
Marcelo Rospide garante que sua atividade no Corinthians serviu para agregar conhecimento à carreira de técnico. “No Corinthians trabalhei com dois treinadores de ponta: Tite e Mano Menezes. Como era o responsável pela transição dos atletas da base para o profissional, tinha um contato muito próximo com eles (os técnicos)”, afirmou.
Depois de quatro anos, o treinador volta a encarar a dura realidade da segunda divisão gaúcha. Em 2012, ele dirigiu o Guarani de Venâncio Aires e, depois de uma vitória sobre o Brasil no Bento Freitas, foi contratado pelo Rubro-Negro. “Sei que a pressão vai ser grande aqui no Pelotas, mas não vou fugir da responsabilidade”, acrescentou.
O treinador não se aprofundou sobre suas ideias de composição do grupo de jogadores, mas apontou que valoriza um tripé: qualidade técnica, disciplina (“tanto tática como de comportamento”) e comprometimento, “com essa camisa e com o trabalho”.