Pelotas dá início à campanha de ativismo pelo fim da violência contra a mulher
Um basta à violência contra a mulher. É o que pede a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” – uma mobilização global que, em Pelotas, também foi acolhida pela Prefeitura, órgãos da rede de proteção e movimentos sociais que lutam pelos direitos das mulheres.
No Brasil, as atividades acontecem por 21 dias, considerando o seu início em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e o fim em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
No âmbito do Município, é a Coordenadoria de Políticas Públicas para a Mulher que encabeça a campanha. O órgão, criado há dois anos, trabalha visando à qualificação das políticas públicas voltadas ao público feminino e promovendo ações de conscientização e orientação. A coordenadora da unidade, Rosélli Ortiz, afirma que a mobilização na cidade ocorrerá de forma descentralizada, junto a escolas, comunidades e centros populares, objetivando alcançar um maior número de pessoas. Rodas de conversa são destaques na programação.
“Precisamos envolver toda a sociedade neste debate e chamar a atenção para os fatores que naturalizam a agressão contra meninas e mulheres. Unimos forças com os instrumentos que trabalham em prol das mulheres para aumentar a conscientização e intensificar a prevenção da violência”, acrescenta Rosélli, destacando as demais atividades realizadas, durante todo o ano, neste sentido.
A coordenadora menciona a rede de proteção existente em Pelotas para tal, que conta com a atuação da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, Juizado Especial da Violência Doméstica, Patrulha Maria da Penha, Centro de Referência de Atendimento à Mulher, movimentos sociais, entre outras entidades. “A campanha sinaliza um pedido de paz; um pedido de não violência”, finalizou.
Na última quarta-feira, primeiro dia de ações, o Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas (Gamp) promoveu o evento ‘Empoderamento étnico-racial de meninas negras através do cabelo’, em escola do Dunas, voltado a estudantes do educandário. À tarde, também ocorreu a ‘Marcha da Dona Shirley Amaro’, uma reverência à Mestra Griô.
CAMPANHA
Os 16 dias de ativismo começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres, iniciaram uma campanha com o objetivo de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as mulheres no mundo. Atualmente, cerca de 150 países participam da campanha.