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Pelotas é referência em projeto da OMS por ações na pandemia

Pelotas é referência em projeto da OMS por ações na pandemia
13 agosto
09:21 2020

As primeiras atividades de um grupo de especialistas da área da saúde, voltadas para analisar o trabalho realizado por Pelotas no enfrentamento à pandemia causada pelo coronavírus, começaram terça-feira. A construção de uma rede diferenciada para casos de síndromes gripais e Covid na Atenção Primária e a manutenção do atendimento de outras demandas da população estão entre os motivos para o município ter sido incluído em um projeto da Organização Mundial da Saúde (OMS). A coordenação nacional é da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Instituto Fernandes Figueira/FioCruz.

No Brasil, além de Pelotas, São Luís no Maranhão também faz parte da iniciativa, que busca identificar os efeitos indiretos da Covid-19 nos serviços de saúde essenciais para gestante, recém-nascidos, crianças, adolescentes e idosos. A ação só é possível devido a um termo de cooperação existente entre o País e a Opas.

“Vamos articular para que todos conheçam o que está sendo feito pelo Rio Grande do Sul, por Pelotas. É um processo de aprendizado, uma oportunidade para vocês mostrarem o que têm feito para o mundo todo”, elogia o representante da OMS, Léslie Gusmão, ao oficializar a participação da cidade gaúcha no projeto mundial.

ATENDIMENTO DIFERENCIADO

Ao saber da seleção de Pelotas para participar do monitoramento de indicadores capazes de garantir atendimento de qualidades a outras patologias e serviços ligados à saúde, mesmo durante a pandemia, a prefeita de PelotasPaula Mascarenhas, destaca o trabalho da rede criada no município para o enfrentamento ao coronavírus.

“A cidade ser selecionada pela Organização Mundial da Saúde, pela Opas, para participar desse projeto, nos dá uma grande alegria, porque é um reconhecimento da qualidade da nossa rede de Atenção Básica e, também, do trabalho diferenciado feito pela Secretaria Municipal de Saúde, com várias parcerias, desde o início da pandemia”, avalia a prefeita.

MUNICÍPIO criou rede específica para casos de síndrome gripal e Covid-19

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A ESCOLHA DA CIDADE

Coordenadora regional de saúde, Caroline Hoffmann relata que a Opas se interessou pela estratégia criada pela Secretaria de Saúde (SMS) por indicação do governo do Estado. “Todas as coordenadorias encaminharam as ações dos municípios, mas Pelotas se destacou porque apresentou inciativas que estavam dentro dos objetivos do projeto e foi escolhida para fazer parte, o que nos orgulha muito”, justifica Caroline.

O projeto, que deve ser desenvolvido até novembro, vai compartilhar serviços prestados em cidades de 20 países pertencentes a cinco regiões administradas pela Organização Mundial da Saúde. Todas são consideradas diferenciadas no trabalho de redução dos efeitos indiretos da pandemia, ocasionados pela adaptação dos serviços de saúde – o caso do atendimento exclusivo em um único turno para pessoas com sintomas gripais nas UBSs de Pelotas.

RECONHECIMENTO MUNDIAL

Para a secretária de saúde, Roberta Paganini, que apresentou a estrutura montada pela Prefeitura aos coordenadores do projeto – com foco em antecipação de processos e prevenção à contaminação entre profissionais e pacientes –, a inclusão de Pelotas em grupo de cidades que se diferenciaram no combate à pandemia é sinônimo de reconhecimento do trabalho. Esforços, estes, em parceria com hospitais, universidades e todos os órgãos de linha de frente.

O DESAFIO NA PRÁTICA

Além dos especialistas das instituições promotoras da iniciativa, e de integrantes da SMS, dois médicos de Pelotas – um professor da UCPel e da FURG e outro integrante da Atenção Primária –, serão os consultores locais. Eles acompanharão todas as ações executadas na redes de saúde para auxiliar no aprimoramento do serviço prestado a partir de orientações da Opas. Guias de manutenção dos serviços essenciais durante a pandemia, organizados pela OMS, servirão de apoio à equipe técnica do projeto na cidade.

A consultora sênior e representante da Opas Brasil, Tatiana Coimbra, esclarece que o próximo passo será o Município escolher, entre 23 indicadores apresentados pelo projeto. Ela menciona, como exemplos, o número de atendimentos ambulatoriais ou consultas na rede primária; a quantidade de altas hospitalares, incluindo mortes por Covid ou não; e a cobertura vacinal, para monitorar o acesso aos serviços de saúde essenciais no período da crise sanitária.

“O desafio será Pelotas definir com quais quer trabalhar, a partir dessa lista apresentada pela Opas e do cruzamento com os que já são utilizados pela Secretaria Municipal de Saúde, expostos hoje. Haverá harmonização desses dados com os de outros países, a fim de que as ações realizadas com êxito, até agora, se tornem ainda mais eficazes e sejam, inclusive, ampliadas”, conclui a representante da Organização Pan-Americana da Saúde.

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