PERIFERIA É O ALVO : Projeto cultural no ginásio do Navegantes 2
Percussão, inclusão digital, basquete de rua, reforço escolar e os quatro elementos do Hip Hop – visualidade do grafite, gestualidade e movimento da dança, sonoridade do DJ e a crônica poética do MC. Em destaque, as oficinas do “Ensinando que aprendo”, iniciativa que oferece samba no pé, e aulas sobre porta-bandeira, mestre-sala e porta-estandarte. O conjunto de opções integra o projeto “Periferia é o alvo”, que reúne a Associação Hip Hop de Pelotas e parceiros como a Escola de Samba Mirim Mickey. Para participar, crianças e jovens deverão apresentar autorização dos pais ou responsáveis, documento e também comprovar a frequência à escola. Informações com Vagner Borges – preside a Associação Hip Hop de Pelotas – no fone: 9164.6083. E-mail: [email protected]
GINÁSIO está liberado e o lançamento da programação será no domingo à tarde. Em visita ao DM, DJ Vagner, Elves e o filho Cleiton – oficineiros do “Ensinando que aprendo”, e Gisele Rodrigues – preside a Escola Mirim Mickey. Eles salientaram que o poder público foi procurado para que fosse disponibilizado o ginásio situado no Navegantes 2. Após trâmite formal na Secretaria Municipal de Educação e Desporto (SMED), houve a liberação para atividades aos sábados e domingos até dezembro. Vagner menciona que as atividades ligadas à manifestação popular Hip Hop, serão desenvolvidas aos sábados. Como colaboradores, rappers: MC Serginho; Mabreu; Robson; Jair “Brown”; Yannes. Já as dicas ligadas ao Carnaval serão aos domingos.
APOIO – O projeto dispõe de 65 cadeiras, doadas pela Sociedade Pelotense Música pela Música. Além disso, Elves salienta que um computador já está disponível. No entanto, ainda há necessidade de equipamentos para que seja oferecida a inclusão digital. Os organizadores têm feito apelos para ampliar os colaboradores. Com apoio da comunidade será possível proporcionar as opções à juventude da periferia. Outro desafio do projeto, refere-se ao custo para a distribuição de lanches aos participantes. Assim, expectativa por parceiros que viabilizem a alimentação da gurizada. Beles cita a Nacional Tintas, como empresa que tem apoiado o “Ensinando que aprendo”.
RESGATE, valorização, autoestima, criatividade e convívio fraterno. Alguns dos alvos na mira do projeto. Organizadores acrescentam: “A ideia é resgatar e até salvar, oferecendo novos conhecimentos. Com as apresentações, o jovem sai da invisibilidade, sente-se importante, torna-se valorizado como ser humano. Então, trata-se de trabalho social, mirando outra visão da periferia”.
ELVES Beles (Foto), coordena o “Ensinando que aprendo”. A proposta, com oficinas sobre o Carnaval, é desenvolvida por Beles há dezenove anos. Ano passado, aconteceu na Fábrica Cultural. Após interrupção será retomada na programação do “Periferia é o alvo”. Segundo Elves, participantes têm entre catorze e dezesseis anos, e são oriundos de diferentes entidades carnavalescas. Também participam, oficineiros Cleiton Beles e Ana Neri. Elves enfatiza que também haverá atividades de intercâmbio cultural. Para viabilizar as viagens do grupo, ações como “pedágios” e promoções para angariar recursos.