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Prefeitura busca solução para greve do Sanep

Prefeitura busca solução para greve do Sanep
08 julho
10:04 2014

O prefeito Eduardo Leite afirmou, em reunião com vereadores, que o Executivo estaria disposto a pagar parte do salário dos servidores parados e fracionar o desconto deste valor se a categoria retornar agora.

“O silêncio dos vereadores demonstra que compreendem os limites do Executivo, ao nos confrontarmos com a frieza dos números”, disse. “Se pudesse dar 12,5% eu daria, mas mantenho a posição pela responsabilidade que a posição de prefeito e o compromisso que tenho com a cidade de Pelotas me impõe.” disse Eduardo

“Se pudesse dar 12,5% eu daria, mas mantenho a posição pela responsabilidade que a posição de prefeito e o compromisso que tenho com a cidade de Pelotas me impõe.” disse Eduardo

Em reunião ocorrida no final da tarde desta segunda-feira (07/07/2014), no Paço Municipal, com onze integrantes do parlamento de Pelotas, o prefeito Eduardo Leite afirmou que, se os servidores em greve do Sanep retomarem as atividades a prefeitura está disposta a pagar uma parte do salário não recebido por eles, correspondente aos dias não trabalhados, e fracionar este valor nos meses subsequentes. “A Câmara veio buscar um caminho para restabelecer as relações entre Prefeitura e os servidores grevistas dos Sanep. Este é o caminho que vemos para reduzir os prejuízos imediatos destas pessoas, retomar o diálogo e apontar um horizonte melhor para a categoria”, ponderou o prefeito.

O pagamento será efetuado em folha suplementar no prazo de uma semana e meia, a contar a partir do retorno dos funcionários grevistas. Além do pagamento parcial e do desconto fracionado deste valor, a prefeitura se propõe a constituir um grupo de trabalho com a direção do Sanep (a Câmara de Vereadores estaria convidada a participar) para discutir todos os problemas da autarquia, entre eles a inexistência de financiamento para custear as despesas com o lixo, que comprometem 31,35% do orçamento do Sanep – o pagamento dos servidores consome, na atualidade, cerca de 42% da receita da autarquia.

Eduardo fez uma apresentação aos vereadores sobre a atual situação financeira do Sanep. “O silêncio dos vereadores demonstra que compreendem os limites do Executivo, ao nos confrontarmos com a frieza dos números”, disse. “Se pudesse dar 12,5% eu daria, mas mantenho a posição pela responsabilidade que a posição de prefeito e o compromisso que tenho com a cidade de Pelotas me impõe.”

O prefeito lembrou que os 6,8% oferecidos à categoria superam em 0,5% o valor que foi oferecido aos demais servidores municipais – 6,3% – e o mesmo percentual de reajuste sobre o vale-alimentação, de 7,7%, significa quase o triplo do que obterão os demais servidores, visto que o vale-alimentação do Sanep é bem maior. “Somos o único governo deste século a conceder um reajuste acima do índice inflacionário desde o primeiro ano de gestão. Em 2013 demos 0,34% acima da inflação, agora oferecemos 1%. Isso não recupera todas as perdas passadas, mas estabelece um novo patamar de discussão. Demonstra que estamos aumentando a exigência sobre nós mesmos”, disse Eduardo.

Durante a reunião, o prefeito recordou que o Sindicato dos Servidores Municipais do Saneamento Básico de Pelotas (Simsapel) não pediu nenhuma reunião com a Prefeitura antes de deflagar a greve, mesmo sendo conhecedor da postura adotada pelo governo de não negociar com servidores paralisados. Por outro lado, Eduardo cumprimentou a direção do Sindicato dos Municipários de Pelotas (Simp) que, apesar das divergências compreendeu a realidade financeira da prefeitura e soube agir com responsabilidade, reconhecendo o momento de encerrar o movimento sem causar maiores danos à população.

Acompanharam o prefeito a vice-prefeita Paula Mascarenhas, os assessores especiais Abel Dourado e Agostinho Martins Neto, e o superintendente administrativo do Sanep, Nede Santana.

Os representantes da Câmara ficaram de levar a proposta do prefeito ao Simsapel. Estiveram presentes os vereadores: Ademar Ornel (DEM), Anderson Garcia (PTB), Antonio Peres (PSB), Beto da Z3 (PT), Edmar Campos (DEM), Luiz Henrique Viana (PSDB), Rafael Amaral (PP), Ricardo Santos (PDT), Salvador Ribeiro (PMDB), Vitor Paladini (PSB) e Waldomiro Lima (PRB).

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