Diário da Manhã

Centenas de animais, entre serpentes, sapos, rãs e ratões do banhado, vivos ou mortos, foram recolhidos de uma extensão de 250 metros da orla dos balneários Valverde e Santo Antônio, no Laranjal, pelas equipes das secretarias de Habitação e Regularização Fundiária (SHRF), da Saúde (SMS) e de Qualidade Ambiental (SQA).

O secretário da SHRF, biólogo da Defesa Civil Ivan Vaz, justifica que as ações de recolhimento dos animais decorrem de preocupação da relação entre seres humanos e meio ambiente. “Nos 250 metros percorridos na orla, foram recolhidos 157 exemplares de serpentes, vivos e mortos. Dentre elas, as espécies Helicops Infrataeniatus (cobra d’água), Phylodryas patagonensis (Parelheira), Anguis fragilis e Ophiodes (Cobra de Vidro). Nenhuma era peçonhenta, embora existam o gênero Bothrops (cruzeiras ou jararacas) naquela área”, informa, acrescentando que também foram retirados da praia 39 mamíferos com morte por afogamento – ratões do banhado.

ANIMAIS saíram do habitat natural para se salvar da enchente

As serpentes recolhidas vivas estão sendo encaminhadas para o Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Lá, é feita a avaliação sanitária dos animais e a identificação das espécies. Tão logo normalize a situação das cheias, serão devolvidos ao habitat natural. As fortes chuvas e a enchente causaram grande impacto ambiental. Não apenas pessoas foram obrigadas a deixar suas casas. Animais também se retiraram em fuga de seu habitat natural, abandonando-o por questão de sobrevivência.

As secretarias envolvidas no recolhimento dos animais desalojados orientam a população para que não os matem. O telefone 153 está à disposição para contato com as equipes de resgate, que estão responsáveis por evitar qualquer acidente, principalmente com serpentes peçonhentas.