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quinta, 14 de novembro de 2024

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Prossegue a campanha para atualização de cadernetas de vacinação para jovens

Prossegue a campanha para atualização de cadernetas de vacinação para jovens
06 outubro
08:48 2021

Prefeitura de Pelotas aderiu à ação nacional para imunizar crianças e adolescentes menores de 15 anos, que estiverem com alguma vacina do calendário em atraso

Crianças e adolescentes menores de 15 anos (14 anos 11 meses e 29 dias), acompanhados dos pais ou responsáveis, poderão procurar, até o dia 29 de outubro, uma das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para atualizar a caderneta de vacinação. A ação faz parte da Campanha de Multivacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde. O “Dia D” da atividade está marcado para ocorrer no dia 16 de outubro (sábado). Os atendimentos nas UBSs acontecem de segunda a sexta, das 8h às 11h e das 13h30min às 16h30min.

A Campanha tem o objetivo de facilitar o acesso às vacinas do Calendário Nacional, atualizar os registros nas carteiras de vacinação de jovens e crianças, além de buscar diminuir a incidência de doenças e contribuir para o seu controle, eliminação e/ou erradicação daquelas imunopreveníveis, que podem ser evitadas através da vacinação. A vacina contra a Covid-19 não está inclusa na lista de imunizantes disponíveis, pois faz parte de outro calendário.

Com exceção das UBSs Salgado Filho, Cruzeiro e Pam Fragata, todas as outras Unidades receberão a população durante o período.

 

Documentação necessária

Para receber as vacinas durante a Campanha é necessário apresentar a Carteira de Vacinação da Criança ou Adolescente. O menor deve estar acompanhado dos pais ou responsável legal.

 

Não tenho carteira de vacinação, e agora?

A Secretaria Municipal de Saúde informa que aqueles que não possuem carteira de vacinação, poderão comparecer às UBSs para que possam ser vacinados com os imunizantes adequados para a faixa etária que encontram-se, bem como com os anteriores. No ato, será confeccionada nova caderneta de vacinação, que deverá ser utilizada nas próximas ações de proteção.

 

Vacinação de adolescentes

A chefe da Vigilância Epidemiológica da SMS, Aline Machado da Silva, alerta para a importância dos adolescentes na faixa de 11 e 12 anos comparecerem para receber as vacinas Meningocócica ACWY e HPV Quadrivalente, cuja aplicação é indicada nessa idade.

 

Distanciamento social e utilização de máscara

A SMS solicita que todos aqueles que forem às UBSs utilizem máscaras de proteção, a fim de se protegerem do vírus que causa a Covid-19, e mantenham distanciamento social.

 

Confira todas as vacinas disponíveis durante a Campanha de Multivacinação:

ATÉ OS 6 ANOS

– BCG

– Hepatite B

– Penta

– Polio Inativada

– Polio Oral

– Rotavírus

– Pneumocócica 10-valente

– Meningocócica C

– Febre amarela

– Tríplice viral (SCR – sarampo, caxumba e rubéola)

– DTP

– Hepatite A

– Varicela

 

A PARTIR DOS 7 ANOS

– Hepatite B

– Febre Amarela

– Tríplice viral

– Difteria e tétano adulto

– Meningocócica ACWY

– HPV quadrivalente

– Varicela

– dTpa

Sarampo, rubéola e pólio estão entre as doenças evitáveis com a vacinação de crianças

A campanha de multivacinação de crianças a adolescentes menores de 15 anos, iniciada na última sexta-feira (1/10) tem por objetivo colocar em dia vacinas de rotina que estejam em atraso. A estratégia é importante neste momento para elevar as coberturas vacinais, que vinham em queda nos últimos anos, situação que a pandemia acentuou ainda mais.

O alerta da Secretaria da Saúde (SES) é que a baixa na procura dessas doses pode fazer com que algumas doenças consideradas erradicadas voltem a circular ou aquelas que vinham com baixos índices aumentem. Em especial pelo momento atual de gradativa retomada das atividades e retorno desse público às escolas. Sarampo, rubéola e pólio são algumas das doenças que podem ser graves, inclusive com risco de morte, e que precisam de taxas de coberturas altas para o risco diminuir.

Ao todo, o calendário de vacinação prevê 14 tipos de vacinas até os sete anos de idade e outras oito até os 15 anos, fora as que ocorrem em campanhas específicas, como a da gripe e da Covid-19. Mais de 2 milhões de pessoas no Estado fazem parte desse grupo de menores de 15 anos.

A orientação aos pais ou responsáveis é que levem as crianças ou adolescentes até a Unidade Básica de Saúde mais próxima, de preferência com a caderneta ou carteira de vacinação. No local, um profissional de saúde avaliará se há a necessidade de fazer ou colocar em dia alguma dose. No Rio Grande do Sul, funcionam mais de 1,8 mil salas.

Sarampo

O sarampo é uma doença causada por um vírus altamente contagioso, transmitida de forma direta de pessoa a pessoa de forma respiratória ao respirar, falar, tossir ou espirrar. Tem como sintomas febre e exantemas (manchas avermelhadas pelo corpo), também podendo apresentar tosse, coriza ou conjuntivite. O sarampo é uma doença grave, principalmente em crianças menores de cinco anos, pessoas desnutridas e imunodeprimidas, podendo levar à morte.

Em 2016, o Brasil recebeu certificado internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS) da eliminação do sarampo. Porém, devido à série histórica de baixas coberturas vacinais, o vírus voltou a circular no país e, em 2019, o Brasil perdeu a certificação.

O Rio Grande do Sul não tinha circulação do vírus do sarampo desde 1999. Casos isolados importados (residentes do Estado que pegaram a doenças em outros países) chegaram a ocorrer em 2010 e 2011. Contudo, a partir de 2018, apresentou surtos da doença.

Entre 2018 e 2020, o Estado confirmou 185 casos, envolvendo 21 municípios, sem óbitos. Ao todo no Brasil, no mesmo período, foram mais de 39 mil casos, com 38 mortes.

No Rio Grande do Sul, a maior concentração de casos foi na faixa etária entre dez e 29 anos. Não há casos confirmados de sarampo desde abril de 2020. Porém, em 2021 o Brasil já teve (até o final de agosto) 576 casos confirmados e dois óbitos por sarampo, situação que mantém a Vigilância Epidemiológica do RS em extremo alerta.

Rubéola

A rubéola é uma doença causada por um vírus altamente contagioso, sendo transmitida de forma direta de pessoa a pessoa ao se respirar, falar, tossir ou espirrar. Caracteriza-se por febre e exantema (manchas avermelhadas pelo corpo) associada a gânglios (ínguas ou inchaços, como um caroço) principalmente na região do pescoço.

O Brasil recebeu certificado internacional pela Organização Mundial da Saúde da eliminação da rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita em 2015. No Rio Grande do Sul, o último caso confirmado de rubéola foi em 2008.

A infecção por rubéola na gravidez pode ocasionar inúmeras complicações para a mãe, como aborto e natimorto (feto expulso morto), e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, lesões oculares e outras).

Pólio

A pólio (ou poliomielite), também conhecida como paralisia infantil, é causada por um vírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes contaminadas ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Por isso, falta de saneamento, más condições habitacionais e higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, causador da doença.

A poliomielite pode ser assintomática, mas em casos graves ocorrem paralisias musculares, quando os membros inferiores são os mais atingidos, podendo afetar também partes do cérebro que ajudam na respiração, o que pode levar à morte. O último caso de poliomielite registrado nas Américas ocorreu no Peru, em 1991, e o continente americano recebeu o Certificado de Eliminação do Poliovírus Selvagem em 1994. No Brasil, o último caso confirmado ocorreu na Paraíba, em 1989, e no Rio Grande do Sul em Santa Maria, em 1983.

Apesar de o país estar há quase 30 anos sem casos confirmados, o risco de reintrodução da doença existe, pois o vírus permanece circulando em dois países no mundo: Paquistão e Afeganistão. Assim, o Brasil se mantém atento ao risco de importação de casos da doença. A maneira mais efetiva de manter o país sem casos confirmados de poliomielite é o alcance das metas preconizadas pelo programa de imunizações. Contudo, o país e o Rio Grande do Sul não estão alcançando as metas de coberturas vacinais há cinco anos, levando a possível formação de bolsões de suscetíveis e, com isso, o alto risco de reintrodução da doença.

Queda nos índices de vacinação

A chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, explica algumas das razões que podem explicar a queda que o Rio Grande do Sul e o Brasil apresentam nos últimos anos. “Na medida em que as doenças passam a não circular mais, justamente porque se mantiveram elevadas coberturas vacinais, principalmente a partir dos anos 2000, muitas doenças tornaram-se desconhecidas, fazendo com que algumas pessoas não tenham noção do perigo representado por elas”, diz.

Considerando dez das vacinas previstas até o primeiro ano de idade, em nenhuma delas foi alcançada a meta de vacinação, que seria atingir pelo menos 95% do público da idade preconizada nos últimos quatro anos, sendo que em 2020 nenhuma ficou acima dos 90%. Os dados de 2021 ainda são parciais, pois essas vacinas de rotina têm um prazo de até seis meses para o município registar no sistema do Programa Nacional de Imunizações.

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