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RESSOCIALIZAÇÃO DE APENADOS : Prédio para Centro Social começa a ser desocupado

RESSOCIALIZAÇÃO DE APENADOS : Prédio para Centro Social começa a ser desocupado
07 agosto
08:38 2019

Modelo de cumprimento de pena equivale a baixo índice de reincidência criminal e custo reduzido aos cofres públicos para manutenção; iniciativa integra o Pacto Pelotas pela Paz

Um dos pavilhões do prédio que sediará o Centro de Reintegração Social (CRS) da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac) Pelotas começou a ser desocupado na segunda-feira. O imóvel, adjudicado pelo Estado, através da Procuradoria-Geral do Estado, é localizado na avenida Presidente João Gourlart e tem mais de 12 mil metros quadrados.

IMÓVEL com mais de 12 mil metros quadrados fica na Av.  João Goulart

IMÓVEL com mais de 12 mil metros quadrados fica na Av. João Goulart

A Apac representa um modelo de cumprimento de pena, embasado na ressocialização de apenados e no resgate da dignidade humana, que resulta em mais de 80% de reinserção social, sem reincidência criminal.

De acordo com o presidente da Associação e secretário municipal de Saúde, Leandro Thurow, os pavilhões deverão ser utilizados para a profissionalização dos recuperandos através da instalação de linha de manufaturados de empresas privadas parceiras, e com compromisso social e possibilidades de trabalho da própria Apac, como marcenaria e serralheria.

“A ideia é seguir reduzindo o número de bens e equipamentos contidos no imóvel para que, o quanto antes, possamos proporcionar esse espaço destinado ao trabalho e à geração de renda. Estamos construindo isso em conjunto com a PGE e o Poder Judiciário”, afirmou Thurow.

O presidente explica que os itens abrigados no local correspondem a objetos oriundos de processos judiciais, apreensões e depósitos gerais. No caso desta segunda, o banco Santander iniciou a desocupação do prédio ao retirar 20 veículos dispostos no pavilhão. A atividade foi acompanhada pelo procurador do Estado, José Elinaldo de Sousa, e por representantes da entidade financeira e da Prefeitura. Dois caminhões-cegonha e um caminhão-prancha foram utilizados para a retirada dos automóveis.

PREVENÇÃO À VIOLÊNCIA

A formação da Apac, em 2017, integra as ações preventivas mobilizadas pelo Pacto Pelotas pela Paz, através do programa Segunda Chance. A abordagem diferenciada do método apaqueano abrange, além do tratamento humanizado e o baixo índice de reincidência, o custo reduzido aos cofres públicos para a sua manutenção – isso porque um dos pilares proposto pelo formato é o trabalho. Dentro do Centro de Reintegração Social, os recuperandos serão envolvidos em diversas atividades culturais, laborais e de lazer.

FÁBRICA DE ARTEFATOS DE CONCRETO

Em maio, a Prefeitura inaugurou uma fábrica de artigos de concreto dentro do Presídio Regional de Pelotas, onde apenados do regime fechado produzem blocos e tubos de concreto. Os materiais foram utilizados para construir a própria fábrica e também serão empregados em reformas no presídio, obras da cidade e, ainda, na construção da sede da Apac.

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