RETORNO : Estado recebe de volta três detentos que estavam em presídios federais
Três criminosos que cumpriam pena em Mossoró, no Rio Grande do Norte, retornaram ontem para o Rio Grande do Sul. Somadas as penas do trio atingem 162 anos de reclusão. Em contrapartida, três líderes de facções gaúchas foram transferidos, também ontem, para o sistema penitenciário federal.
Conforme a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), os três apenados removidos da Penitenciária Federal de Mossoró ficarão na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).
Fábio Luís da Silva Melo, o “Fábio Gás”, de Rio Grande, Tiago Gonçalves Prestes, o “Pasteleiro”, José Marcelo Reys Morales, o “Camarão e mais 24 criminosos foram transferidos durante a Operação Pulso Firme, considerada a maior ofensiva integrada na história das forças de segurança do Rio Grande do Sul, em julho do ano passado.
O secretário de Segurança Pública Cézar Schirmer, disse que o vaivém de presos de alta periculosidade comprova as dificuldades que o setor enfrenta. “Uma hora a Justiça contempla os nossos pleitos, outra não. Ao Estado cabe acatar as decisões judiciais, recorrendo daquelas que julga equivocadas – e, muitas vezes, incoerentes”, salientou.
Já os presos encaminhados aos presídios federais foram Antônio Marcos Braga Santos, o “Chapolin”, integrante de uma facção criminosa com base no Vale dos Sinos e envolvido em ataques a bancos; Willian Fernandes Carvalho, o “Barbie”, preso em 2014 por envolvimento em um tiroteio em uma quadra de futebol, em Porto Alegre, e Rodolfo Silva Charão de Lima. Os três cumpriam pena na Pasc, em Charqueadas.
Ainda este mês, o MP tentou barrar o retorno dos três detentos levados para Mossoró, mas teve o pedido negado. Em julho, o procurador-geral da Justiça, Fabiano Dallazen, encaminhou ofício a juízes federais de Porto Velho(RO) Campo Grande(MS) e Mossoró (RN) fundamentando o trabalho realizado na Operação Pulso Firme e o resultado obtido na área da segurança pública com a transferência dos líderes de facções.
Na semana passada, porém, a Justiça Federal de Mato Grosso do Sul também mandou retornarem ao Rio Grande do Sul os presos levados à penitenciária de Campo Grande porque o prazo de permanência, de um ano, expirou.