Diário da Manhã

Enfim, a conquista da medalha de ouro. A seleção brasileira de futebol é campeã olímpica dos Jogos Rio 2016. O título foi conquistado nos pênaltis, após o empate por 1 a 1 no tempo regular e nos 30 minutos de prorrogação com a Alemanha, sábado, no Maracanã. O título veio na quinta bola chutada pelo time brasileiro (Neymar), após o goleiro Weverton ter defendido o pênalti cobrado pelo alemão Petersen.

Depois de ter perdido a decisão olímpica em três oportunidades: 1984 (Los Angeles), 1988 (Seul) e 2012 (Londres), o futebol brasileiro conquistou finalmente o único título que faltava em sua galeria de glórias. A prata ficou com a Alemanha. A medalha de bronze foi conquistada pela Nigéria, que venceu Honduras por 3 a 2.

O Brasil abriu o placar com o gol de Neymar, aos 26 minutos de jogo, em cobrança de falta. Na comemoração, Neymar repetiu o gesto de imitar um raio do jamaicano tricampeão olímpico de atletismo, Usain Bolt, que estava presente no Maracanã. Bolt vibrou muito com o gol de Neymar. Meyer empatou aos 13 minutos do segundo tempo. Foi o único gol sofrido pela defesa brasileira em seis jogos no torneio olímpico, enquanto o ataque marcou 12 vezes.

Neymar é protagonista na conquista do ouro, faz gol de falta, bate pênalti decisivo e imita Bolt

OS MELHORES – As duas melhores equipes da competição, Brasil e Alemanha fizeram um grande jogo. Um time explorando a velocidade de seus atacantes e o outro valorizando a posse de bola. A prorrogação se manteve intensa e tensa, apesar de os jogadores estarem demonstrando cansaço. A definição do título foi para os pênaltis.

Nas 10 cobranças de pênaltis, Petersen foi o único a desperdiçar no quinto chute do time alemão. Weverton defendeu. O Brasil teve aproveitamento de 100% com Renato Augusto, Marquinhos, Rafinha, Luan e Neymar.

Outro saldo da conquista do ouro olímpico é a aprovação de um novo modelo de jogo, com vocação ofensiva e compactação, o que transformou o Brasil num time ofensivo e consistente na defesa. Um exemplo que pode ser seguido pelo técnico Tite na seleção principal.

BRASIL(1) (5)

Weverton; Zeca, Marquinhos, Rodrigo Caio e Douglas Santos; Walace e Renato Augusto; Gabriel (Felipe Anderson), Luan, Gabriel Jesus (Rafinha) e Neymar. Técnico: Rogério Micale.

ALEMANHA (1) (4)

Horn; Toljan, Ginter, Süle e Klostermann; Sven Bender, Lars Bender (Proemel), Brandt, Meyer e Gnabry; Selke (Nils Petersen). Técnico: Horst Hrubesch.

Local: Maracanã. Rio de Janeiro

Árbitro: Alireza Faghani (IR)

Gols: Neymar (aos 27 do primeiro tempo), Max Meyer (aos 14 do segundo tempo).

Público: 63.707