SÃO FRANCISCO DE PAULA : Católicos preparam festa ao Padroeiro
Programação tem inicio na sexta-feira (24) e vai até o dia 3 de julho com a celebração eucarística
A comunidade católica de Pelotas está ultimando os detalhes para a semana de homenagens festivas ao Padroeiro São Francisco de Paula, que começa nesta sexta-feira (24), com o inicio da Novena. Muitas atrações constam na programação, inserida no espírito do Ano do Jubileu da Misericórdia. Dentre elas, a realização do gesto concreto, pela população, com a doação de cobertores e alimentos e cobertores para serem distribuídos aos carentes que “têm frio e fome”.
O tema da novena ao Padroeiro fará uma alusão diária focada na reflexão à misericórdia: todas as reflexões lembrarão aos fieis que “ser misericordioso é cuidar, rezar, perdoar, visitar, aconselhar, consolar, educar, acolher e alimentar”. Com exceção do dia 2, sábado, quando a missa ocorre às 17h30min, nos demais dias será sempre às 18h30min. Ainda no dia 2 de julho, a programação contempla uma procissão motorizada, a partir das 15h.
No dia 3, às 10h, mais um momento especial: a celebração eucarística, com o arcebispo metropolitano, Dom Jacinto Bergmann. Na sequência, ao meio-dia, almoço festivo, no Salão São José. Os convites podem ser adquiridos na secretaria da Catedral. As doações de cobertores e alimentos também podem ser efetuadas no mesmo local.
SÃO FRANCISCO DE PAULA nasceu no dia 27 de março de 1416, no pequeno município de Paula, no litoral mediterrâneo da Calábria, no Sul da Itália.
Aos 12 anos é conduzido para viver uma experiência pouco comum na época. Os pais levam Francisco ao Convento dos Frades Conventuais, de São Marcos Argentano, aldeia próxima de Cosenza, a fim de cumprir uma promessa que haviam feito a São Francisco de Assis, por tê-lo curado de um tumor maligno no olho esquerdo, logo no primeiro mês de vida. Começando sua ascensão à santidade, ele ficou com os frades durante um ano, dedicando-se com fervor no coração, jejuns, mortificações e abstinências, servindo e obedecendo a todos.
Ao voltar para casa, marcado pela fome e sede de Deus, Francisco pede aos pais para visitar os santos lugares daquele tempo: Roma, Assis, Loreto, Monte Luco e Montecassino. Após a viagem, confia aos pais seu desejo de se fazer eremita. É o mistério da ação divina, o primeiro passo de sua vocação. Abandonando tudo, vai para as montanhas, passando a morar numa pequena gruta, entregue à oração, à penitência e ao trabalho no campo, do qual tira seu sustento, durante cinco anos.
Alguns jovens conhecedores de seu estilo de vida pedem-lhe para acompanhá-lo e ficar com ele. Francisco resolve dar-lhes uma regra e um modo de viver em pobreza, castidade e obediência, com a observância, durante toda a vida, de um regime quaresmal. Nasce assim o primeiro núcleo de Eremitas Penitentes. Para eles, Francisco fez construir as primeiras celas e uma capela. Com aprovação e bênção do bispo de Cosenza, ampliaram as obras, formando o primeiro convento. Aos dezenove anos, Francisco iniciou a fundação da instituição religiosa que, mais tarde, se desenvolverá na Ordem dos Mínimos de São Francisco de Paula.
Francisco morreu, aos 91 anos, no dia 2 de abril de 1507. Leão X declarou-o Beato no dia 7 de julho de 1513, fixando-lhe a festa litúrgica a 2 de abril, dia de sua piedosa passagem para a eternidade. Alguns anos mais tarde, a 1 de maio de 1519, o mesmo Papa declarava-o Santo da Igreja. No Brasil, além dos seminários da Primeira Ordem dos Mínimos (São Paulo e Guarapuava-PR), há dezenas de igrejas em homenagem a São Francisco de Paula, entre elas a Catedral Metropolitana de Pelotas.
É NA PRINCESA do Sul o lugar onde Francisco recebe, talvez, o maior número de honrarias públicas ao seu nome, emprestado à Catedral Metropolitana, ao Cemitério Ecumênico, ao Hospital Universitário, ao Seminário, Casa da Criança e Avenida. Todos os endereços fazem alusão a São Francisco de Paula.