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Senador Paulo Paim visita Região Sul

26 janeiro
09:35 2016

Senador petista avalia conjuntura nacional e admite temer que avanço da direita chegue ao Brasil

“O PT não sairá tão bem nas eleições municipais, como desejam seus líderes, nem sairá tão mal, como quer a oposição”. A opinião é do senador petista Paulo Paim, em visita à Redação do DIÁRIO DA MANHÃ, ontem, na sua passagem por Pelotas, vindo de Rio Grande, onde lançou o livro “Palavras em mar revolto”, na Feira do Livro no Cassino.

Senador no segundo mandato, após quatro como deputado federal, Paim andou com um pé fora do Partido dos Trabalhadores (PT). Mas puxou o freio de mão e segue no partido da estrela para concorrer a novo mandato ao Senado, em 2018, com algumas posições firmes em relação à política e situação nacional. “O Pais precisa superar esse momento de crise e descrédito político para retomar o caminho do crescimento, sem penalizar o trabalhador”, aponta o político, preocupado com o avanço da direita, na América Latina e na Europa.

POLITICO gaúcho confirma permanência no PT e corrida à reeleição em 2018

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“Eu temo que essa corrente chegue ao Brasil”, diz, em meio a uma afirmação um tanto desanimadora. “Nenhum assunto polêmico – aborto, pena de morte, descriminalização de drogas – será votado no Congresso Nacional este ano. Nem a reforma política”.

Das reformas necessárias e esperadas pelos brasileiros, o Senador gaúcho aponta que hoje seria possível uma redução de 28% na carga de impostos, sem diminuir a arrecadação. “Muito pelo contrário: aumentaria a arrecadação, pois diminuiria a sonegação”, aposta.

O aumento do desemprego, um dos fantasmas que rondam os brasileiros, é creditado por Paim na atual conjuntura nacional. “A onda de corrupção que invadiu o Brasil é responsável pela quebradeira que se vê no setor empresarial”, avalia, em meio a uma constatação positiva para a Zona Sul, que pode significar a garantia de menos desemprego “O Polo Naval de Rio Grande é o que está em melhores condições no Brasil”.

TREM REGIONAL – Ainda em termos de Zona Sul, a proposta do também petista, suplente de deputado federal, e hoje funcionário do Senado, Fernando Marroni, da criação do “Trem Regional” ligando Capão do Leão a Rio Grande, Paulo Paim garante que o conhece superficialmente, mas está aberto a trabalhar pela sua implantação.

IMPEACHMENT e SARTORI

Ao mesmo tempo em que diz não acreditar na possibilidade de cassação do mandato da presidente Dilma Rousseff, Paulo Paim alivia o governador José Ivo Sartori, do Rio Grande do Sul, de culpa pela situação vivida pelo Estado. “Não é de hoje que o Rio Grande do Sul vive uma situação complicada, para todos os gaúchos”.

O PT NO PODER

É no livro Palavras em mar revolto (p. 158/159) que Paim responde porque o PT não fez a diferença: “Tem de ter humildade, saber que temos de renovar os quadros. É isso que acho que o PT não entendeu. Não preparou lideranças e, a partir do momento em que alguns lideres cometeram atos inadequados, não houve reposição com aqueles que deveriam assumir os lugares nos postos de comando”.

Na mesma linha, ele faz uma comparação: “É a mesma coisa com um time de futebol, que em um ano é campeão do mundo e no outro vai para a repescagem, para não ir para a segunda divisão”, e uma projeção: “Se o PT continuar nesse patamar, pode ir para a terceira divisão”, conclui.

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