SOLIDARIEDADE : Aqueça o coração de uma criança carente
Projeto está arrecadando roupas, agasalhos, cobertores e calçados
Por Carlos Cogoy
O projeto Sopão Solidário completou um ano em março. A ação idealizada pela assistente social Silvia “Sissa” Santana Solonet Goia, inicialmente direcionada a crianças e familiares da zona norte, estendeu-se a locais como os bairros Navegantes 1 e 2, início da rua Gen. Osório, e balneário dos Prazeres. No verão, ao invés de sopão, a distribuição quinzenal foi adaptada para macarrão e salada de fruta. Com a proximidade do inverno, o sopão já foi retomado, e o projeto prossegue arrecadando alimentos. Mas, informa Sissa Solonet, a equipe também está recebendo doações de peças de vestuário para crianças, agasalhos, mantas e cobertores. Um dos objetivos do slogan “Aqueça o coração de uma criança carente”. Contatos e informações: (53) 9 9115.1802.
INVERNO – “É evidente o aumento da necessidade de assistência a quem precisa. Assim, além do sopão e pães, promovemos junto a parceiros um chamamento, para que também doem às crianças, agasalhos, cobertores, roupas e calçados. São muitas as famílias que precisam de meios, para enfrentar o período de frio intenso. A desigualdade social tem se evidenciado de forma devastadora em tempos de pandemia. E saliento que os trabalhadores, ditos como dos serviços não essenciais, perderam sua fonte de renda, passando a vivenciar a miséria humana, sem condições de suprir o básico para sobreviver. A pobreza sempre existiu mas, com a pandemia, agravou bastante. Então o momento é de mobilização e articulação social para garantir o básico. Muitas das ações realizamos na sede do Projeto Jovem Atleta no bairro Getúlio Vargas (BGV), onde também orientamos sobre direitos, educação, habitação, emprego e saúde. As peças de roupas e cobertas, serão doadas nas entregas do sopão”, diz Sissa Solonet.
Assistente social Silvia Santana Solonet Goia e voluntária
SOPÃO é cozinhado pela assistente social, que conta com voluntárias para cortar legumes, orientar a fila e servir. Na zona norte, além do BGV, o sopão também é levado para o Pestano, região do Aeroporto e Sanga Funda. Em cada local, diz Sissa Sonolet, previamente é feito contato com morador, associação ou ONG, para que seja disponibilizado um espaço. No local, são obedecidos os protocolos sanitários, disponibilizando álcool gel, e distribuindo máscaras. “Podemos destacar que, a cada sopão, é oferecido um tipo de carne. E temos três opções: carne, frango e linguiça. Na sopa também há verduras e legumes. A sopa é servida quentinha em embalagens de caixa de leite, que são preparadas e higienizadas, juntamente com pães embalados individualmente. Alguns adultos levam panelas e potes para facilitar a distribuição do alimento. Calculamos em cerca de duzentos litros de sopão, que cozinho com muito carinho e amor, proporcionando solidariedade às crianças e adultos assistidos. Temos a ajuda de voluntários que, com o mesmo espírito, preparam as verduras e cortam os legumes”.
GRATIDÃO – Sissa acrescenta: “Percebemos que o sopão é o principal alimento de muitos naquele dia. Não há palavras para descrever o quanto é gratificante participar de ações que permitem estender a mão. Com a solidariedade, conseguimos melhorar a autoestima das famílias, respeitando a vida das pessoas com poucas perspectivas. Integramos uma corrente que também conta com projetos como Jovem Atleta e Barriga Abençoada. Gratidão a todos, vocês são fundamentais para que as ações sociais realmente aconteçam, e assim façamos a diferença na vida de tantas famílias”.
