Diário da Manhã

Policiais da Patrulha Ambiental da Brigada Militar, juntamente com os fiscais da Secretaria da Agricultura (SEAPI) vistoriaram ontem três propriedades, todas elas com criação de suínos.  A fiscalização ocorreu com base em denúncia anônima, versando sobre as condições de higiene.

Uma guarnição compareceu na localidade denominada Passo do Salso, sendo que nas duas primeiras propriedades, foi verificado que existia, cerca de 130 porcos e que os dois criadores desenvolviam a atividade sem a devida Licença Ambiental. Foi averiguado ainda, que os animais eram alimentados com restos de alimentos provenientes de indústrias e restaurantes da cidade, sendo que os resíduos oriundos dessa criação (urina e fezes) estavam sendo direcionados para um corpo hídrico (sanga) que passa pela propriedade através de uma canaleta, sem que estes resíduos passassem por algum tipo de tratamento ou contenção.

Também foi observado, que na propriedade existe o acúmulo de casca de arroz, onde parte desse material estava sendo queimado, o que também configura poluição tanto para o solo quanto atmosférica pela queima.

CRIADORES foram notificados e terão de atender as normas legais

Na terceira propriedade foi verificado pela guarnição que o proprietário mantinha uma criação de cerca de 40 suínos, também sem licença ambiental e com os dejetos (urina e fezes) sendo encaminhados direto para o mesmo corpo hídrico (sanga), sem nenhum tipo de tratamento ou contenção.

Nesta propriedade, a terceira, foi encontrado também, um pequeno depósito de material proveniente da construção civil, o qual não foi devidamente segregado, sendo possível verificar a existência de isopor, plásticos, latas de espuma expansiva, gesso, entre outros, o que também configura crime de poluição.

Diante dos fatos, os proprietários foram encaminhados à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, onde foram apresentados e efetuado o registro do fato.

Os animais ficaram aos cuidados dos proprietários, sendo que estes foram notificados pela Secretaria da Agricultura para dar destino adequado aos mesmos, que devem ser encaminhados para abate em local devidamente inspecionado, e foi dado um prazo para que eles possam tentar se adequar junto aos órgãos competentes a fim de que a criação seja devidamente legalizada. Não sendo atendida a determinação, serão recolhidos.