Taison contra o racismo
“Amo minha raça, luto pela cor, o que quer que eu faça é por nós, por amor… Jamais irei me calar diante de um ato tão desumano e desprezível! Minhas lágrimas foram de indignação, de repúdio e de impotência, impotência por não poder fazer nada naquele momento! Mas somos ensinados desde muito cedo a sermos fortes e a lutar! Lutar pelos nossos direitos e por igualdade! O meu papel é lutar, bater no peito, erguer a cabeça e seguir lutando sempre! Em uma sociedade racista, não basta não ser racista, precisamos ser antirracista!”
Foi a mensagem de Taison pelo Instagram. O atacante pelotense do Shakhtar Donetsk sofreu com os insultos racistas da torcida do Dínamo de Kiev, na Ucrânia. Segue o apoio ao jogador e a todas as vítimas desse crime asqueroso; segue a cobrança por punições severas às torcidas e clubes onde estejam entranhadas ou ocorram essas práticas. No mesmo fim de semana, um torcedor do Atlético Mineiro agrediu a um segurança no Mineirão de forma racista; neste 2019, o goleiro Carlos Eduardo do GE Brasil relatou injúria racial sofrida em partida contra o Bragantino, pela Série B.
É importante cobrar medidas e atitudes das federações que gerem o futebol. É importante seguir o perfil do Observatório Racial, que luta incansavelmente através das redes sociais e mobilizando palestras e encontros com a temática de combate ao racismo; eles acolhem denúncias e cobram atitudes dos clubes. Recentemente a dupla Gre-Nal tem participado de campanha e houve o encontro entre os únicos técnicos negros na Série A: Roger Machado do Bahia e Marcão do Fluminense. Na ocasião, Roger promoveu uma das mais nobres entrevistas sobre o tema: procurem na internet. “Em uma sociedade racista, não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”.