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Tradicionalistas confirmam desfile de 20 de Setembro

Tradicionalistas confirmam desfile de 20 de Setembro
21 agosto
09:25 2015

Desfile de 20 de Setembro está confirmado em Pelotas

 Desde 1947, quando Paixão Côrtes organizou a primeira Semana Farroupilha, a chama crioula vem aquecendo o tradicionalismo no coração dos gaúchos.

A comemoração de 2015 traz uma novidade para os rio-grandenses. A primeira chama crioula internacional estreou na cidade de Colônia do Sacramento no Uruguai. No dia 12 de julho a equipe binacional de 20 cavalarianos, 10 brasileiros e 10 uruguaios, saíram da cidade histórica fundada há 355 anos por portugueses em direção ao Chuy (primeiro no lado uruguaio), aonde chegaram no dia 14 de agosto e, no dia 15, passaram para o Chuí (no lado brasileiro), quando então a chama crioula entrou no solo gaúcho e pátrio.

Paulo Luís Pencarinha, Adão Carlos Pereira da Silva e o uruguaio-brasileiro Edilio Maria Araújo, membros da coordenadoria da 26ª região do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), visitaram o DIÁRIO DA MANHÃ de pilcha e empunhando a bandeira do MTG para conversar sobre a semana mais importante do tradicionalismo gaúcho. Apesar de a comemoração estar ameaçada pela “doença do mormo” em muitos lugares, a 26ª Região do MTG está empenhada em tomar todas as medidas de segurança junto aos órgãos responsáveis e o desfile está garantido em Pelotas.

Edilio Maria, Paulo Luís e Adão Carlos exibem a bandeira do tradicionalismo.

Edilio Maria, Paulo Luís e Adão Carlos exibem a bandeira do tradicionalismo.

Os caminhos da chama crioula

A chama crioula foi a maneira encontrada pelos gaúchos para simbolizar a liberdade e a confraternização entre os povos e acender a tradição rio-grandense. A primeira centelha foi acesa no mesmo ano de 1947 em que nasceu a Semana Farroupilha.

Agora em 2015 a chama crioula saiu do Uruguai, país que compartilha muitas das tradições gaúchas, as quais chamam de “gauchas” (pronunciada com a última sílaba tônica e carregando o sotaque no “-ch”). No dia 14 a chama entrou em solo brasileiro, quando comissões de tradicionalistas de todo o estado foram até o Chuí para recepcionar o símbolo de sua tradição. Depois de “passar por muitos pagos” a chama chegará ao Altar da Pátria, na av. Bento Gonçalves, que, transformado em Altar da Tradição, já estará pronto para receber o desfile em comemoração à Revolução Farroupilha.

Confira a seguir as medidas e exigências necessárias para que, com a ameaça da “doença do mormo”, os cavalarianos gaúchos possam desfilar:

“DOENÇA DO MORMO”

Registrada pela primeira vez no Rio Grande do Sul, a doença passou a preocupar as autoridades, principalmente às vésperas da Semana Farroupilha, quando são realizados eventos com aglomeração e desfiles de cavalarianos. A moléstia é fatal e é causada pela bactéria Burkholderia mallei, geralmente contraída através da ingestão de água ou comida contaminadas.

Sob pena de multa para o proprietário do cavalo e para a instituição (CTG, grupo ou piquete), nos respectivos valores de R$ 1.500,00 e R$ 15.000,00, todo cavalo deve estar com o exame em dia e comprovar que não está infectado com a bactéria. Em reunião na tarde de ontem com o 4º Batalhão da Polícia Militar, tanto a coordenadoria da 26ª região do MTG quanto a Brigada Militar se comprometeram em tomar todas as medidas possíveis de forma a garantir mais um sucesso na comemoração da Semana Farroupilha.

Os interessados podem entrar no site www.agricultura.rs.gov.br para verificar a lista de laboratórios habilitados a realizar o exame e a lista de veterinários credenciados. A coleta é feita na propriedade e encaminhada para um laboratório. A média dos valores para realizar o exame fica em torno de R$ 50,00.

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