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TRANSPORTE COLETIVO : Violência poderá forçar paralisação

21 maio
09:28 2014

Linhas da Zona Norte são as que mais preocupam; trabalhadores apontam para suspensão do serviço nos primeiros horários de sábado e domingo no sentido centro-bairro.

 

PROTESTOS por mais segurança são rotina na vida dos trabalhadores rodoviários urbanos Foto: Daniel Giannechini/Especial DM

PROTESTOS por mais segurança são rotina na vida dos trabalhadores rodoviários urbanos
Foto: Daniel Giannechini/Especial DM

Motoristas e cobradores principalmente das linhas Pestano e Getúlio Vargas, atendidas pela Empresa Conquistadora, não aguentam mais. Os primeiros horários sentido centro-bairro, aos sábados e domingos são mesmo um caso de polícia. “A gente sai para trabalhar já prevendo o que vai acontecer: seremos assaltados, e temos de rezar para que não seja com violência”, revela um cobrador que pediu para não ser identificado. Os horários mais visados pelos bandidos são 6h e 6h30min, justamente nos quais viajam “público” que sai das festas em casas noturnas no centro da cidade.

No fim de semana passado, a violência viajou nos primeiros horários. Houve assaltos, vandalismos e violência contra os trabalhadores. Um cobrador foi agredido. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas (STTRP) mais uma vez lamenta os fatos que voltam a aterrorizar os trabalhadores e usuários.

“A novela é antiga, a bandidagem faz o que bem entende e fica por isso mesmo”, reclama Eder Blank, presidente do Sindicato. O sindicalista diz já ter perdido a conta do número de assaltos aos coletivos somente este ano.  Ele estima que foram em torno de 120. “Quando a coisa fica feia, a Brigada Militar dá uma atenção em um ou dois finais de semana e diminui um pouco os assaltos, que logo voltam a aterrorizar trabalhadores e usuários dessas linhas”, lamenta Blank.

De acordo com o presidente do Sindicato, caso esta semana não haja uma providência “preventiva” às ações dos bandidos – de parte da Brigada Militar e da Empresa Conquistadora – os trabalhadores não farão os dois primeiros horários sentido centro-bairro neste sábado e domingo. “É a vida dos trabalhadores que está em jogo. Se não tivermos segurança, não vamos arriscar mais”, confirma Eder Blank. Uma reunião entre a Brigada Militar e representantes do Sindicato está agendada para sexta-feira, às 14h.

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