TRILHA DA RECUPERAÇÃO : Pelotas tem confrontos diretos pela frente
Convicção é de que a equipe irá reagir a partir da próxima rodada do Gauchão
Pelotas precisa apertar adversários para sair do sufoco nas próximas rodadas do Gauchão
Foto: Alisson Assumpção/DM
O Pelotas passou sete das 15 rodadas da fase classificatória do Campeonato Gaúcho na ponta de baixo da tabela de pontos. O aproveitamento é de apenas 23%, ocupando a penúltima colocação na classificação geral – vantagem sobre o Aimoré no saldo de gols: menos quatro contra menos sete. As duas equipes se enfrentam na rodada do fim de semana. É o início de uma série de confrontos diretos no caminho do Lobão, o que representa a chance de reabilitação.
“É claro que a situação na tabela preocupa sempre. Mas temos convicção que a equipe irá crescer muito, tem qualidade para isso. Foi uma série de fatores, nossa pré-temporada não foi boa também, com muitos jogadores lesionados, mas acreditamos num crescimento grande a partir de agora”, avalia o diretor de futebol, Manoel Nunes (Neca). O técnico Paulo Porto terá uma semana inteira de trabalho para armar o time visando a “decisão” de São Leopoldo.
O Pelotas sai agora para dois jogos fora de casa: domingo, diante do Aimoré, no Cristo Rei; e quarta-feira, diante do Passo Fundo, no Vermelhão da Serra. “Precisamos, no mínimo, trazer quatro pontos desses dois jogos”, diz Neca. Além dessas duas partidas, que serão fundamentais para sair da ponta de baixo da tabela, a segunda metade da fase vai se caracterizar pelos confrontos dentro do grupo. Embora esteja na lanterna da chave, o Pelotas se encontra a três pontos da zona de classificação no Grupo B.
Atacante de velocidade nos planos
Felipe Garcia faz cirurgia
As contratações para o restante do Campeonato Gaúcho podem ser feita até segunda-feira (48 horas antes da abertura da oitava rodada). O Pelotas admite fazer ainda mais um investimento: a aquisição de um atacante de velocidade. Uma carência que se torna mais evidente com a lesão de Felipe Garcia, que passará por uma cirurgia no púbis e não joga mais neste Gauchão.
Garcia irá fazer a cirurgia em Porto Alegre e fica em recuperação por dois a três meses. Sem ele, Paulo Porto não tem à disposição nenhum jogador de velocidade para o ataque. Mithyuê sentiu um problema muscular nos primeiros minutos do Bra-Pel e está de volta ao departamento médico. Para o jogo de domingo, outro desfalque é Jefferson Luís, que está com três cartões amarelos.
Bate Pronto – por Caldenei Gomes
Bra-Pel histórico
Depois de 15 anos, 11 meses e 26 dias, o Clássico Bra-Pel voltou a ser disputado pela primeira divisão do futebol gaúcho. O jogo correspondeu à longa espera, mas a presença de público ficou bem abaixo da expectativa. Em torno da metade do que era previsto. A má campanha do Pelotas, o forte calor, a transmissão direta pela televisão e as frequentes brigas entre as duas torcidas organizadas do Lobão formam as causas (não necessariamente nesta ordem) dos vazios no lado reservado aos áureo-cerúleos.
O Bra-Pel 360 entra para a história pelo gol mil na história centenária do confronto. Aos oito minutos do primeiro tempo, Lucas (destaques novamente do Pelotas) marcou o milésimo gol do clássico. Quanto ao resultado: ruim para o Pelotas, excelente para o Brasil. Isso do ponto de vista dos números da tabela. Já pelas circunstâncias do jogo, o empate ficou de excelente tamanho para o time de Paulo Porto, que mais uma vez empatou se escapando da derrota.
Preocupação
Ao final de mais uma rodada do Gauchão – e chegando quase a metade da primeira fase, na qual se definem os classificados e os rebaixados -, o Pelotas tem motivos de sobra para se preocupar. Em sete jogos, apenas cinco pontos conquistados, com aproveitamento de 23%. Com uma vitória, um empate e uma derrota, o time segue na zona de rebaixamento, adiando jogo após jogo a recuperação.
A esperança de reação está na projeção futura: a partir de agora, o Pelotas começa a enfrentar as equipes de baixo aproveitamento na competição. Ou seja, são os confrontos diretos. A pontuação embolada serve de alento. A diferença do oitavo para o último colocado é de apenas três pontos na classificação geral. A mesma distância se observa entre a lanterna e a zona de classificação no Grupo B.
