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TROCA : O substituto do Papa

11 fevereiro
08:48 2014

Gol no Bra-Pel dá confiança ao novo dono da camisa nove do Brasil

Nena ganha na bola alta e marca gol no melhor estilo de Gustavo Papa, que para por seis semanas Foto: Ítalo Santos/Assessoria do GEB

Nena ganha na bola alta e marca gol no melhor estilo de Gustavo Papa, que para por seis semanas
Foto: Ítalo Santos/Assessoria do GEB

A mudança no comando de ataque do Brasil não foi apenas para o Clássico Bra-Pel de domingo, na Boca do Lobo. A troca de Gustavo Papa por Nena vai se repetir em quase todas as demais nove partidas desta primeira fase do Campeonato Gaúcho. O goleador xavante na competição, com quatro gols, apresenta uma lesão muscular, que poderá tirá-lo de campo por até seis semanas. Isso pode representar seis rodadas do Gauchão, além do jogo atrasado desta quarta-feira diante do São Paulo.

A ausência se torna menos preocupante para o técnico Rogério Zimmermann na medida em que o reserva vem dando a resposta. Depois de marcar seu primeiro gol com a camisa do Brasil no jogo diante do Passo Fundo, Nena foi o destaque rubro-negro no Bra-Pel. E fez o gol de empate no melhor estilo de Gustavo Papa: ganhando da marcação na bola alta, aproveitando cruzamento de Raulen.

Zimmermann diz que o problema não é substituir um pelo outro, já que os dois possuem características e potencial parecidos. O que preocupa mesmo é que ele fica sem outra opção de ataque no banco de reservas. Atualmente, o Brasil só conta com Alex Amado e Nena para o setor ofensivo. No segundo tempo do Bra-Pel, Léo Dias reapareceu no comando de ataque, mas é jogador de outro estilo de jogo.

A lesão de Gustavo é a primeira mais séria no grupo do Brasil nesta temporada, causando ausência por vários jogos. As anteriores – Raulen e Elton – foram de rápida recuperação e permitiram a afirmação de outras opções no time, como a fixação do habilidoso Túlio Souza na função de meia-atacante.

Clássico atrasado e em situação oposta

foto 2 página 17Brasil e São Paulo – as duas equipes que subiram juntas em 2013 – se enfrentariam no dia 22 de janeiro pela segunda rodada do Campeonato Gaúcho. Mas o jogo foi adiado em função de o estádio Aldo Dapuzzo não ter, naquele momento, o alvará para sediar eventos esportivos. Vinte e dois depois, a partida será finalmente realizada. Mas entusiasmo por esse jogo em Rio Grande já não é o mesmo.

Na data original, as duas equipes vinham de vitória na estreia no Campeonato Gaúcho. O Brasil tinha feito 2 a 0 no Cruzeiro e o São Paulo tinha surpreendido o Juventude, ganhando por 2 a 1 no Alfredo Jaconi. Se o Xavante seguiu em alta, permanecendo invicto na competição, o Leão do Parque perdeu o fôlego. Nas cinco partidas seguintes, empatou duas vezes e perdeu três.

No domingo, o São Paulo foi derrotado em casa pelo Veranópolis por 4 a 2, de virada, e tendo um jogador a mais em campo. O resultado frustrante determinou que o técnico Agenor Piccinin colocasse o cargo à disposição da diretoria do clube, mas o presidente Domingos Escovar descartou a mudança no comando do time. Porém, o momento é de preocupação, com presença da equipe na zona de rebaixamento.

No ano passado, Brasil e São Paulo se enfrentaram 11 vezes. A vantagem rubro-negra foi ampla: nove vitórias, contra um empate e uma derrota (justamente a que determinou o acesso do time rio-grandino). Agora, os dois se reencontram em situação completamente oposta.

Bate Pronto – por Caldenei Gomes

Bra-Pel histórico

Depois de 15 anos, 11 meses e 26 dias, o Clássico Bra-Pel voltou a ser disputado pela primeira divisão do futebol gaúcho. O jogo correspondeu à longa espera, mas a presença de público ficou bem abaixo da expectativa. Em torno da metade do que era previsto. A má campanha do Pelotas, o forte calor, a transmissão direta pela televisão e as frequentes brigas entre as duas torcidas organizadas do Lobão formam as causas (não necessariamente nesta ordem) dos vazios no lado reservado aos áureo-cerúleos.

foto 3 página 17O Bra-Pel 360 entra para a história pelo gol mil na história centenária do confronto. Aos oito minutos do primeiro tempo, Lucas (destaques novamente do Pelotas) marcou o milésimo gol do clássico. Quanto ao resultado: ruim para o Pelotas, excelente para o Brasil. Isso do ponto de vista dos números da tabela. Já pelas circunstâncias do jogo, o empate ficou de excelente tamanho para o time de Paulo Porto, que mais uma vez empatou se escapando da derrota.

Comemoração

O Brasil teve vários motivos para comemorar o empate no Bra-Pel. O time de Rogério Zimmermann saiu atrás no marcador, reagiu no jogo e dominou o segundo tempo. Só lamenta a chance da virada, que foi desperdiçada por Raulen no final do jogo. O Xavante segue – ao lado do Internacional – invicto na competição, após seis jogos. Com uma partida a menos, assegurou virtualmente sua presença no Gauchão de 2015, somando 14 pontos e quatro vitórias.

Além do aproveitamento de 77%, o Brasil tem a defesa menos vazada da competição, com apenas dois gols. O ataque está entre os segundos mais positivos – ao lado de Grêmio e Veranópolis -, com 10 gols. O que mais os rubro-negros podem querer? E ainda observam o rival da cidade penando na luta para escapar da lanterna.

– O público no Bra-Pel teria ficado em torno de 5 mil pessoas. Em números redondos: 2.700 torcedores do Pelotas; e 2.300 do Brasil. A renda dos 1,5 mil ingressos vendidos no Bento Freitas superou os 30% da arrecadação, os quais o Xavante tinha direito.

            Rafael Forster atravessa um mau momento. Não por acaso, os dois únicos gols sofridos pelo Brasil ocorreram em lances de contra-ataque às suas costas. Zimmermann o sacou do time no intervalo do Bra-Pel e corrigiu o problema do lado esquerdo da defesa com Wender, além de ganhar velocidade de apoio pela direita com Raulen. Mas o lateral-esquerdo segue com prestígio para se manter como titular – inclusive, com lembrança das assistências de Forster para a marcação de gol contra o Passo Fundo. 

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