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UCPEL : Acadêmicas de Moda apontam tendências do Inverno 2015

10 julho
09:19 2014
ESTUDANTES recebem orientações

ESTUDANTES recebem orientações

Desvendar o que deverá se tornar tendência na próxima estação é uma das tarefas que os acadêmicos do curso de Tecnologia em Design de Moda da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) aprendem em sala de aula.

Através da elaboração do Caderno de Tendências, uma série de informações sobre Moda são trabalhadas com a intenção de atender fabricantes de roupas com o máximo de antecedência possível.

Pesquisas sobre segmentação, cartela de cores, material, tendências e público-alvo, assim como a criação de desenhos técnicos, compõem o material, que é construído durante a disciplina Projeto de Moda, do quinto semestre. “A elaboração desse material também é uma forma de resgatar diversos conteúdos vistos em outras disciplinas”, explica a professora  Francys Saleh.

Para selecionar e adaptar o que entra no Caderno de Tendências, os acadêmicos buscam diversos tipos de referências, traduzem sentimentos e comportamentos, analisam passarelas, cores, juntam e adaptam diversas informações para serem utilizadas conforme o perfil do cliente. “A ideia é que o material subsidie todas as informações que o fabricante precise para poder confeccionar a sua peça da forma mais prática e rápida possível”, cometa Francys.

TENDÊNCIAS PARA O INVERNO DE 2015

Divido em jenswear, alta-costura, kids, fitness, masculino, lingerie e moda praia, o compilado de informações reunidas por acadêmicos do quinto semestre apontou algumas tendências que poderão ser conferidas nas vitrines do ano que vem.

Professora Francys Saleh

Professora Francys Saleh

A aposta para vestidos de festa (ou alta-costura) será a utilização de muita renda, veludo, decotes profundos, costas em evidência e transparência. Já para os pequenos, devem se tornar tendência mangas bufantes, saias rodadas, estampas divertidas e também estampas com fundo preto.

Para a moda fitness deverá ocorrer uma invasão de tecidos com texturas, como o matelassê e tule. Brilhos e muita geometria também são apostas. Segundo a professora da disciplina, algumas alunas aproveitaram a extensa pesquisa para a criação e produção de algumas peças, como a acadêmica de 57 anos, Maria Elisabete Kawski. Ela possui um ateliê de alta-costura onde as tendências apontadas pelo caderno são aproveitadas.

Na moda masculina, influências como jeans com aspecto brilhoso (resinados) e tecidos com aparência 3D (com relevo, estofados) deverão dominar as araras. Modelagens amplas, tons sóbrios como cinza, preto e azul-escuro deverão contrastar com o rosa-claro.

SINTONIA COM O MERCADO DE TRABALHO

De acordo com a professora Francys, a vivência na construção do Caderno de Tendências é uma mostra do que ocorre em empresas que possuem departamentos de pesquisas. Para as acadêmicas Paula Marques, de 19 anos, e Anne Lauffer, de 20, foi um grande desafio trabalhar com moda masculina, principalmente porque o homem consome de forma muito diferente da mulher. “Pensar em moda masculina significa levar em consideração a praticidade (para não precisar pensar muito em combinações), mas ainda assim a peça precisa estar em sintonia com o que é tendência”, comenta Paula.

Para o grupo das acadêmicas Débora Souza, de 41 anos, e Katiuce Siqueira, de 20, a experiência foi positiva por possibilitar a pesquisa e adaptação do material pesquisado para a realidade da região. “Além da pesquisa de tendências propriamente ditas, o trabalho possibilita o aprendizado em ferramentas e aplicação de técnicas”, avalia Débora. O grupo delas criou uma estampa dentro das referências pesquisadas porque o tecido não foi encontrado no mercado.

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