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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA : Seminário discute formas de combate

28 julho
11:21 2017

O 1º Seminário Interno da Patrulha Maria da Penha foi aberto na quarta-feira, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre, com a presença de mais de 100 policiais militares, com o objetivo de atualizar e aperfeiçoar o trabalho realizado e, ainda, trocar experiências. O evento, comemorativo aos cinco anos do programa, também integra as comemorações dos 180 anos da Brigada Militar (BM).

Na abertura do seminário, o chefe do Estado-Maior da BM, coronel Júlio César Rocha Lopes, parabenizou a unidade. “É um trabalho diferenciado, de qualidade, de muita abnegação, de extremo profissionalismo e dedicação”, declarou. Para ele, as atividades das patrulhas devem ser incrementadas. “Além de salvar vidas, vocês estão salvando famílias, comunidades e fazendo um serviço que muitas vezes ninguém quer fazer”, destacou.

A coordenadora técnica do programa, capitã Clarisse Heck, salientou que muitos feminicídios foram evitados com a atuação da Patrulha Maria da Penha. “Ameaça e lesão corporal são as ocorrências que prevalecem. O programa tem apresentado redução dos índices de violência doméstica e familiar nas regiões de atuação. A partir desses resultados, a ideia é ampliar a presença da Patrulha nas cidades gaúchas”. De acordo com as estatísticas, somente no ano passado, 96 mulheres foram mortas no estado, o que representa uma média de oito vítimas por mês.

MEDIDAS para redução de índices é o objetivo Foto: Divulgação/SSP

MEDIDAS para redução de índices é o objetivo
Foto: Divulgação/SSP

O comandante-geral da BM, coronel Andreis Silvio Dal`Lago, alertou que todos têm direito de viver em uma sociedade livre, diferenciada, sem violência nem agressões. ”As vítimas enxergam em vocês a salvação de suas vidas”, enfatizou. “Enquanto uma mulher precisar, estaremos lá”, assegurou, referindo-se à atuação da BM na prevenção da violência doméstica e familiar.

Durante o seminário, os painelistas apresentaram temas de interesse de quem trabalha diariamente com o estresse de acompanhar situações de violência. Para mudar essa realidade, segundo os especialistas, é necessário mudar comportamentos. Bárbara Penna, vítima de violência familiar, teve 40% do corpo queimado e enfrentou a morte de seus dois filhos pelo ex-companheiro. Sua história traduz a realidade e aquilo que a sociedade espera dentro de uma nova atitude da polícia e da sociedade para superar a violência doméstica e familiar.

A Patrulha Maria da Penha existe desde 2012 e, atualmente, atende a 27 municípios. Pioneira no Brasil, somente em 2016, realizou mais de 18 mil visitas a mulheres vítimas, atuando em conjunto com o Judiciário no cumprimento de medidas protetivas e auxiliando na prevenção de novos casos.

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