Violência pode paralisar linhas urbanas
Assaltos e tentativa de homicídio durante feriadão levam pânico a motoristas, cobradores e usuários das linhas Pestano e Getúlio Vargas
O medo voltou a ser companheiro de viagem de usuários e trabalhadores do transporte coletivo urbano de Pelotas, principalmente nas linhas Pestano e Getúlio Vargas. Os primeiros horários dos finais de semana, sábados e domingos, são os preferidos da bandidagem. No feriadão de finados, o clima foi pesado, com ações nada amistosas contra a integridade física de motoristas, cobradores e usuários. Somente entre os dia 31 e 2, foram seis assaltos, seguidos de atos violentos, que deixam marcas e abalam psicologicamente as vítimas.
“É um momento de preocupação, que requer providências antes que tenhamos de lamentar algum fato mais grave”, aponta Eder Blank, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas (STTRP).
TIROS – A preocupação do sindicalista foi oficializada ao Comando da Brigada Militar, ontem. Além dos assaltos registrados no fim de semana, outro fato relevante preocupa a direção do STTRP e trabalhadores. Na manhã de sábado, na Avenida Fernando Osório, um ônibus da Empresa Conquistadora foi alvejado por disparos de arma de fogo. Foram três, no total, os quais por pouco não alvejaram o condutor do ônibus, que fazia a linha Posto Branco.
PARALISAÇÃO – De acordo com o presidente do STTRP, nesta quinta-feira haverá um novo encontro com o comando da BM para decidir ações de segurança aos trabalhadores e usuários das linhas Pestano e Getúlio Vargas nos horários considerados críticos pelos trabalhadores. E não está descartada a suspensão das atividades já neste fim de semana.
“Poderá, sim, haver a suspensão desses horários. Os trabalhadores não aguentam mais correr riscos”, garante Blank.
