UCPEL : Regulamentado apoio aos acadêmicos com necessidades educativas especiais
A inclusão de acadêmicos com necessidades educativas especiais (NEE) é um processo que requer revisão constante para atender novos casos que surgem diariamente.
Desde 2012, a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) debate, através da Rede de Desenvolvimento de Habilidades Acadêmicas (REDHAC), a melhor forma de adaptar a estrutura física e, principalmente, o plano de ensino conforme a demanda de cada aluno com necessidades especiais.
A Resolução N°309, publicada no mês de janeiro, pontua como devem ser realizados alguns procedimentos e segue recomendação do Ministério da Educação, explica a coordenadora do Núcleo de Apoio ao Estudante (NAE) Maria Cristina Centurião Padilha. “Esse texto também é resultado de cinco anos de reflexão de um grupo de pessoas da UCPel”, comenta.
O texto, que apesar de mostrar como devem ser seguidos alguns caminhos, não apresenta respostas prontas devido à multiplicidade de cada caso. Hoje, estão matriculados 14 alunos com necessidades educativas especiais na UCPel, o que, muitas vezes, pode gerar dúvidas quanto à forma do tratamento dispensado. “Alguns professores vêm construindo parcerias muito boas com os NEE, através da constante busca de novas formas de ensino, mas até então ainda existiam muitas dúvidas de como avaliar esses estudantes”, conta.
DÚVIDAS que agora, com a publicação da Resolução, poderão ficar mais claras, pois o documento aborda questões como formas de avaliação, carga horária diferenciada para a realização de provas, acessibilidade do espaço na sala de aula, gravações de conteúdos, além de outras prioridades que auxiliem no processo de aprendizagem.
Além do texto, o NAE estuda a realização de diversos encontros com professores com a intenção de discutir estratégias e também descobrir novas ferramentas que facilitem o trabalho dentro da sala de aula. Um novo espaço também já está sendo construído ao lado da Biblioteca do Campus I, onde diversos recursos como TV, notebooks dotados de softwares especiais, entre outros elementos, estejam permanentemente à disposição desses alunos.
AS DISCUSSÕES que vêm sendo realizadas na UCPel também contam com a ajuda de parceiros como a Escola Louis Braille, Escola Especial Professor Alfredo Dub e o Cerenepe. Segundo a professora Maria Cristina, o auxílio da Reitoria na criação do Núcleo de Acessibilidade foi fundamental para o processo.