Diário da Manhã

Representantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica participaram do painel O papel das Forças Armadas no contexto da Segurança Pública no Rio Grande do Sul, durante o 3º Seminário Internacional de Polícia Comunitária ocorrido no Ritter Hotel, no Centro de Porto Alegre.

O evento, promovido pela Brigada Militar, foi aberto pelo comandante-geral da corporação, coronel Andreis Silvio Dal’Lago. A iniciativa faz parte das comemorações dos 180 anos da Brigada Militar. O objetivo do encontro, que reuniu cerca de 400 policiais militares, é reafirmar o compromisso da corporação na integração com outros órgãos e ajustar ações futuras de Segurança Pública.

OBJETIVO foi ajustar ações com outros órgãos e traçar futuras ações de segurança pública
Foto: Everton Ubal/BM

De acordo com o comandante da corporação, a Brigada Militar tem como lema ser “a força da comunidade”, e para isso é necessário estar próximo a ela. “Neste seminário, abordamos a filosofia e a estratégia da Polícia Comunitária. Filosofia porque abrange uma aproximação com a sociedade. E estratégia porque este trabalho requer planejamento”, afirmou.
Dal’Lago também destacou os resultados positivos alcançados pela polícia comunitária e as bases móveis, e a importância da parceria estabelecida com as polícias vizinhas, da Argentina e Uruguai, especialmente. Segundo ele, é preciso ver a segurança pública de forma sistêmica e transversal para diminuir os indicadores de criminalidade.

Para o secretário adjunto, o policiamento comunitário é importante na construção da cultura da paz pretendida pelo governo do Estado. “Essa proximidade dos PMs com as comunidades onde atuam é fundamental para que se estreite a relação e se construa, em parceria, uma sociedade melhor para as futuras gerações”, salientou.

Oltramari também falou sobre as ações desenvolvidas na atual gestão e traçou um paralelo com a realidade no restante do Brasil. “Não se trata de um problema isolado do Rio Grande do Sul. O país todo enfrenta uma crescente onda de criminalidade. Estamos, com muito esforço, conseguindo promover a diminuição de índices como os de latrocínio e abigeato, que historicamente preocupam a sociedade gaúcha. Nosso grande desafio é replicar esse modelo bem-sucedido nos índices de homicídio doloso, fortemente relacionado com o tráfico de drogas”, afirmou.